“Mais que ser um intermediário do Estado italiano, a ideia é, de fato, transformar o Comites na entidade da comunidade italiana regional, capaz de articular e dar vida ao associativismo e às  demandas” que existem nos mais diversos níveis dessa comunidade. Assim falando, o sociólogo e professor universitário Dimitri Fazito procurou resumir uma das propostas centrais da chapa “Cittadinanza Attiva” que, juntamente com outras duas (‘Italianità in movimento’ e ‘Giustizia e Libertà’), disputa as eleições do Comites – ‘Comitato degli Italiani all’Estero’ na jurisdição consular de Belo Horizonte, que abrange o Estado de Minas Gerais.

Dimitri, ao lado da presidente do Círculo Italo Brasileiro do Sul de Minas Gerais, Eliane Piva, que encabeça a chapa, e do professor de língua italiana Domenico Nicoletti, conversaram com o editor de Insieme através de vídeo, abrindo uma série de entrevistas programadas para esse período de campanha que vai culminar em 3 de dezembro próximo com o encerramento do processo eleitoral em curso.

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Desse processo participam quase 300 candidatos, distribuídos em 17 chapas (eram inicialmente 19), inscritas nas sete jurisdições consulares italianas do Brasil: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Distrito Federal.

Na tele-entrevista, os três candidatos procuraram ressaltar que a chapa formada sob o nome de ‘Cittadinanza Attiva’ nasce de um movimento pre-existente que eles chamam de “rede” e que objetiva contemplar todas as áreas geográficas da comunidade italiana mineira, cuja integração com a sociedade brasileira aconteceu de forma bem diversa da ocorrida em outras regiões, como o Rio Grande do Sul e, mesmo, São Paulo.

Uma das propostas da chapa é criar o museu virtual da imigração italiana em Minas Gerais “a partir das vozes e memórias das famílias”, aproveitando o material que vem sendo coletado ao longo já de duas décadas por essa rede.

Dentre os temas abordados na vídeo-entrevista (devido a deficiências técnicas, apresenta algumas falhas pelas quais pedimos desculpa a nossos leitores) estão desde a avaliação da representação da comunidade ítalo-brasileira no Parlamento e no CGIE – ‘Consiglio Generale degli Italiani all’Estero’ e dos próprios Comites, as propostas da chapa e também o assunto que passou a preocupar os ítalo-brasileiros que descendem de imigrantes italianos que se encontravam no Brasil em 14/12/1889, quando o governo provisório republicano naturalizou tácita e compulsoriamente todos os estrangeiros que residiam sobre o território nacional. Confira o vídeo.