O deputado Luir Roberto Lorenzato em mensagem nas redes sociais, anuncia aprovação de sua emenda na Comissão de Justiça do Senado. (Fotograma)

A Comissão de Justiça do Senado italiano aprovou, no início da noite de segunda-feira última, emenda que pretende colocar um ponto final na interpretação que vinha sendo feita de forma equivocada sobre a parte do ‘Decreto Salvini’ que define o prazo de 48 meses para alguns casos de concessão da cidadania italiana. O prazo estabelecido – segundo se lê – nada tem a ver com aqueles de mera averiguação do ‘ius sanguinis’ processados pelos municípios e consulados italianos. A emenda, que leva o número 14.17, suprime o item 2 do parágrafo 1 letra “c”, parágrafo “art. 9-ter” do artigo 14 do Decreto Salvini”.

A informação é do deputado Luis Roberto Lorenzato (Lega), autor da proposta no âmbito legislativo de seu partido que a encaminhou ao Senado sob a subscrição dos senadores Daisy Pirovano, Roberto Calderoli, Luigi Augussori e Maria Saponara. Ao chegar em Roma nesta manhã, de volta do Brasil onde se encontrava no fim de semana, Lorenzato foi informado ainda no aeroporto da decisão da Comissão. Imediatamente postou vídeo nas redes sociais comemorando o fato. “Vamos encontrar uma saída melhor para a resolução dessa problemática que é a questão das filas nos consulados”, disse o parlamentar no vídeo.

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Com a decisão, que agora dependerá da aprovação do Plenário no bojo da apreciação do “Decreto Salvini” para sua conversão em lei (que depende a seguir de apreciação na Câmara dos Deputados), cai inteiramente a disposição que ditava o prazo “também aos procedimentos de reconhecimento da cidadania conduzidos pela autoridade diplomática ou consular ou pelo oficial de estado civil”.

Desde que foi publicado e entrou em vigor, o ‘Decreto Salvini’ induziu a interpretações diversas a questão dos prazos para a tramitação dos processos de reconhecimento e concessão da cidadania italiana. Alguns municípios passaram imediatamente após a impor o prazo de quatro anos também para os casos de reconhecimento ou “accertamento” da cidadania italiana por direito de sangue.

“Justo é o motivo para a supressão do parágrafo 2, em sua íntegra, para evitar discriminação entre os nossos cidadãos”, diz o texto da justificativa apreciada pela Comissão, como se os nascidos no exterior “fossem de segunda classe”. É evidente – acentua o texto – que o prazo estabelecido não se refere à cidadania ‘jus sanguinis’ prevista no artigo 1º da Lei de 5 de fevereiro de 1992 (lei da Cidadania).

O texto diz ainda que “o parágrafo 2 não corresponde ao artigo 1º da Lei da Cidadania “e nem podia, pois os italianos no exterior são cidadãos italianos por nascimento e não podem ser discriminados ou privados de seus direitos fundamentais da cidadania com a aplicação de prazo absurdo de 48 meses para o seu “accertamento” (averiguação) de que já são cidadãos italianos”.

“Um italiano nascido no exterior é já cidadão italiano por nascimento ‘ius sanguinis’ conforme dispõe o artigo 1º da lei”, diz ainda o texto, repetindo: “não adquire a cidadania, já nasce [com a cidadania]!”. A confusão, ainda segundo se explica na emenda aprovada, aparece quando “são misturados inaceitavelmente os italianos já nascidos por direito de sangue com os estrangeiros que pretendem fazer o pedido de reconhecimento da cidadania por naturalização, matrimônio ou residência legal”.

O texto da emenda reconhece, entretanto, que o “Decreto Salvini” deixa uma lacuna interpretativa sobre os casos de “accertamento” da cidadania por direito de sangue, embora o texto legal não se refere claramente ao artigo 1º da lei da cidadania. “Os italianos nascidos no exterior por direito de sangue realizam práticas administrativas de “accertamento” (averiguação) da cidadania, e não de “riconoscimento” (reconhecimento), considerando que não existe um ato formal público jurídico como um decreto da Concessão ou do Reconhecimento da cidadania como os previstos exclusivamente para os naturalizados por matrimônio ou residência legal”.

Assim, esclarece ainda a Comissão de Justiça do Senado italiano, “para um italiano nascido no exterior basta o “accertamento” (averiguação) da não renúncia ou perda da cidadania que automaticamente existe desde o nascimento como cidadão italiano no pleno direito de sua dignidade como cidadão nacional”. Veja o texto, na íntegra, em italiano:

Atto Senato 840
Articolo 14
Emendamento
Al comma 1, lettera c), capoverso “Art. 9-ter”, sopprimere il comma 2.

Relazione illustrativa

L’art. 14, comma 1, lettera c), introduce un art. 9-ter alla legge 5 febbraio 1992, n. 91, recante nuove norme in materia di cittadinanza.

L’art. 9-ter dispone, al comma 1, che il termine di definizione dei procedimenti di concessione della cittadinanza, di cui agli articoli 5 e 9 della legge, sia fissato in quarantotto mesi dalla data di presentazione della domanda.

Il comma 2 prevede che il termine di quarantotto mesi si applichi anche ai procedimenti di riconoscimento della cittadinanza avviati dall’autorità diplomatica o consolare o dall’Ufficiale di stato civile a seguito di istanze fondate su fatti occorsi prima del 1° gennaio 1948.

La proposta emendativa ha l’obiettivo di sopprimere il comma 2.

Considerazione e giustificativa per l’emendamento

(Acquisizione e revoca della cittadinanza)

L’articolo 14 introduce nuove disposizioni in materia di Acquisizione e Revoca della cittadinanza, modificando ed integrando a tal fine la legge n. 91 del 1992.

Un Italiano nato all’estero è già cittadino italiani per nascita jus sanguinis  in base all’articolo 1 della Legge non ACQUISISCE la cittadinanza italiana già nasce!

In questo articolo 14 si trata di Acquisizione e Revoca della cittadinanza per naturalizzazione cio è acquisizione della cittadinanza per matrimonio   (art. 5) e per c.d. naturalizzazione per residenza legale (art. 9).

Non risulta previsto lo articolo 1 delle Legge 5 febbraio 1992 :
1- è cittadino per nascita:
a) figlio di padre o madre cittadini;

Il secondo comma dell’articolo aggiuntivo 9-ter  “vuole” stabilire che il termine di quarantotto mesi si applica altresì ai procedimenti di riconoscimento della cittadinanza avviati dall’autorità diplomatica o consolare o dall’Ufficiale di stato civile a seguito di istanze fondate su fatti accaduti prima del 1° gennaio 1948.

Proprio in questo punto  si mescola inaccettabilmente italiani già nati jus Sanguinis con gli stranieri che intendono di fare domanda per il Riconoscimento della cittadinanza per Naturalizzazione sia per  Matrimonio o per Residenza legale.

Questo comma lascia “appositamente” una lacuna da interpretazione che si include anche le pratiche di Accertamento dello status civitatis, ciò è  della cittadinanza italiana  jus sanguinis  prevista nell’articolo 1 delle Legge 5 febbraio 1992  e in questo testo legale NON  risulta scritto, trascritto o registrato chiaramente lo articolo 1.

Gli italiani nati all’estero jus sanguinis svolgano  pratiche amministrative di ACCERTAMENTO della Cittadinanza  e non di RICONOSCIMENTO considerando  che NON  esiste una ATTO FORMALE PUBBLICO GIURIDICO COME UN DECRETO   della CONCESSIONE o di RICONOSCIMENTO della cittadinanza come previsti esclusivamente  per i naturalizzati per Matrimonio o Residenza legale.

Per  un Italiano nato all’estero basta l`Accertamento della non rinuncia o perdita della cittadinanza che automaticamente  è sin dalla nascita cittadino italiano in pieno diritto della sua dignità come cittadino nazionale.

Anche lo studio del Senato È CHIARO:

Il DOSSIER 8 ottobre 2018 DECRETO LEGGE IMMIGRAZIONE  E SICUREZZA PUBBLICA  ( DL 113/2018 A.S. n. 840):

…”Il secondo comma dell’articolo aggiuntivo 9-ter stabilisce che il termine di quarantotto mesi si applica altresì ai procedimenti di riconoscimento della cittadinanza avviati dall’autorità diplomatica o consolare o dall’Ufficiale di stato civile a seguito di istanze fondate su fatti accaduti prima del 1° gennaio 1948.’…

È evidente che NON  si trata della cittadinanza jus sanguinis prevista nell’articolo 1 della Legge 5 Febbraio 1992 e ben si nei seguinte  seguenti casi individuati dello presente studio del Senato che individua i casi:

In proposito, si richiamano gli articoli 17-bis e 17-ter della L. 91/1992, introdotti dalla L. 124/2006, consentono il riconoscimento della cittadinanza agli italiani (e ai loro discendenti) che abitavano nei territori dell’Istria, Fiume e Dalmazia, già facenti parti del Regno d’Italia e passati, dopo la seconda guerra mondiale, sotto la sovranità della Repubblica jugoslava e successivamente di Slovenia e Croazia.

Perciò il comma 2 non corrisponde all’articolo 1 della Legge 5 Febbraio 1992  e non poteva perché  gli italiani all’estero sono CITTADINI ITALIANI PER NASCITA e non possono essere discriminati o privi dei loro diritti fondamentale della cittadinanza con l’applicazione di  termine assurdo di 48 mesi per il loro accertamento che sono gia cittadini italiani.

Giusto il motivo per sopprimere il comma 2 nella integra per evitare discriminazione fra i nostri cittadini e non creare cittadini di prima classe con quelle nati all’estero come se fosserono di seconda classe.