Em cerimônia realizada na Praça do Expedicionário, em Curitiba, a Legião Paranaense do Expedicionário, com a participação da 5ª Divisão de Exército, lembrou o 70º aniversário da tomada de Monte Castello pela Força Expedicionária Brasileira – Feb, ocorrida em 21 de janeiro 1945. O evento foi realizado na última segunda-feira, dia 23, pela manhã, e dele fizeram parte Pracinhas da Feb ainda vivos, além do ex-presidente da Associação de Combatentes Italianos, Giovanni Luigi Corso, que também lutou pela unificação da Itália na condição de “partigiano”. Ao lado do prefeito municipal, Gustavo Fruet, e do comandante da 5ª Divisão de Exército, general Luiz Felipe Kraemer Carbonell, a presidente da Legião Paranaense do Expedicionário, Valderez Archegas Ferreira, depositou uma coroa de flores diante do monumento ao Pracinha, que fica na Praça do Expedicionário, onde também está localizado o Museu do Expedicionário. Foram homenageados, como de costume, com a “Medalha Max Wollf Filho” os coroneis Ilton Barbosa e Sandra Crassen, além do sargento Edson Américo Rodrigues Filho, este com a “Medalha Amigo da Casa”. Após a solenidade, pracinhas e familiares confraternizaram-se em almoço no Restaurante Castatinha, em Santa Felicidade, como acontece todos os anos.

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Segundo a Wikipedia, “a Força Expedicionária Brasileira foi a força militar brasileira de 25.334 homens que foi responsável pela participação brasileira ao lado dos Aliados na Campanha da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Adotou como lema “A cobra está fumando”, em alusão ao que se dizia à época que seria “Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa”. A Feb entrou em combate em meados de setembro de 1944 no vale do rio Serchio, ao norte da cidade de Lucca.

Ainda segundo a mesma fonte, ao final da campanha, a Feb computou o aprisionamento de mais de 20 mil soldados inimigos, 14.779 só em Fornovo di Taro, 80 canhões, 1.500 viaturas e quatro mil cavalos.

O Monte Castello está situado a 61,3 km a sudoeste de Bolonha, próximo a Abetaia, a 977 m de altitude, nos Apeninos setentrionais, entre as regiões Toscana e Emília-Romanha. A batalha de Monte Castello está inserida na 2ª fase da Operação de Rompimento da Linha Gótica (no setor de responsabilidade do IV Corpo do V exército americano), na Campanha da Itália.

Em terras italianas Brasil perdeu, mortos em ação, 454 homens do exército e cinco pilotos da força aérea. A divisão brasileira ainda teve cerca de duas mil mortes decorrentes dos ferimentos de combate, e mais de doze mil baixas em campanha por mutilação ou outras diversas causas incapacitantes para a continuidade no campo de batalha. Tendo assim, somadas as substituições, turnos e rodízios, dos cerca de vinte e cinco mil homens enviados, mais de vinte e dois mil participado das ações.

Em 1960, as cinzas dos brasileiros mortos na campanha da Itália foram transladadas do cemitério de Pistoia para o Brasil, e hoje jazem no monumento aos mortos que foi erguido no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade do Rio de Janeiro, em homenagem e lembrança aos sacrifícios dos mesmos.