“Sim, eu tenho um amor particular pelo Brasil, mas também o Brasil tem um amor particular por mim. E isso me enche de alegria”. Assim o cantor e ator italiano Peppino di Capri (Giuseppe Falella) justificou sua volta ao Brasil para uma série de concertos, menos de sete meses após aqui ter estado, em outubro do ano passado, em comemoração aos 60 anos de carreira.

Em tom de brincadeira, o artista que em 27 de julho próximo completará 78 anos de idade disse que o ideal seria um intervalo maior, “de pelo menos um ano”, e que isso foi um erro da produção. Disse, entretanto, que se sente feliz de poder vir de vez em quando para comunicar às pessoas as emoções da Itália – o país mais bonito do mundo, segundo ele, “obviamente depois do Brasil”.

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Em Curitiba, ele realizou concerto na noite do último 18, no Teatro Guaíra. Após o show, enquanto bebericava uma caipirinha no Restaurante Scuderia antes de jantar, ele concedeu rápida entrevista, tendo assumido a função de repórter o proprietário da casa, Walter Petruzziello, que empunhou o microfone de Insieme. Ele disse que esse relacionamento com o público brasileiro lhe dá “um prazer maravilhoso”. Peppino di Capri apreciou também o último exemplar da Revista Insieme.

Para o intérprete de uma das melodias italianas mais ouvidas em todo o mundo – “Champagne” – as canções italianas assim chamadas “dos anos 60” ainda hoje são muito apreciadas pelo público porque “as pessoas se apaixonaram por elas por serem fáceis de aprender e de cantar”. Hoje, entretanto, observa ele, elas coisas são mais complicadas e a música italiana “não é uma música internacional”, pois já não mantém aquela tradição da música romântica.

Perguntado se acha que há ou haverá um novo Peppino di Capri entre as novas gerações, ele disse que presta muita atenção, mas que “ainda não o encontrou no horizonte; oxalá venha a existir, mas, até agora, não há”.