Ao comentar sobre a aprovação, pela Comissão de Orçamento do Parlamento italiano, de proposta que reverte 30% da famigerada “taxa da cidadania” para os consulados, o advogado Walter Petruzziello, presidente do Comites do Paraná e Santa Catarina e também presidente do Intercomites Brasil, disse não ter se entusiasmado com o tema. “Não somos contra, segundo algumas pessoas andaram dizendo e escrevendo por aí, mas também não estamos fazendo festa como muitos passaram a fazer” após divulgada a notícia, disse Petruzziello. “Queríamos, sim, que os 300 euros fossem integralmente devolvidos para serem aplicados na melhoria da rede consular”, disse ele.

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Petruzziello disse também que o próprio deputado Fabio Porta, “a quem agradeço”, lutou muito pela devolução total dessa taxa “instituída de maneira imoral”. “Continuo a dizer – acentua Petruzziello – que tenho muito medo de como os consulados aplicarão os recursos. Onde está escrito que eles têm que aplicar [os recursos] no setor de cidadania ou na contratação de pessoal?”.

 No vídeo que gravamos com o presidente do Intercomites ele ataca com veemência o argumento dos que passaram a instrumentalizar a matéria, pedindo o voto pelo ‘Sim’ no referendum em curso. Em alguns grupos das redes sociais o clima esquentou com a crescente radicalização de posições, a partir de informações contraditórias sobre um possível fim das filas da cidadania – de longe o principal problema dos ítalo-brasileiros. “Vamos separar as coisas”, admoesta Petruzziello. “Não vou votar sim ou não porque nos deram 90 euros”; “poderiam devolver os 300 euros… voto não tem preço”. “É preciso respeitar o cidadão no sacrossanto direito seu de votar conforme seu livre convencimento”. Veja o vídeo.