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“Mesmo ciente de que estamos inaugurando um processo de campanhas eleitorais, considero salutar para o exercício democrático estimular eventos e manifestações dessa natureza. Nossa comunidade já está bastante amadurecida para compreender claramente o sentido, as intenções e os resultados que pode esperar de cada iniciativa”.
Assim o senador Fausto Longo termina suas considerações sobre o manifesto convocado para o dia 12 de outubro diante do Consulado Geral da Itália em São Paulo pelo presidente do Comites do Recife, Daniel Taddone, denominado “300 euros: chega de desculpas, a fila da cidadania tem de andar!”
Ao manifesto, que teve por base a já conhecida frase de Taddone ao responder uma intervenção da deputada Renata Bueno (“estamos cansados do armistício, queremos a guerra”) durante reunião recente do Intercomites em Curitiba, o Maie – Movimento Associativista Italiani all’Estero” aderiu formalmente convocando toda a sua estrutura na América do Sul.
Contrariamente à reação do deputado Fabio Porta, que outra vez partiu para o ataque contra o Maie, Longo disse ser a favor apoiar “toda e qualquer iniciativa cujo objetivo seja contribuir para a melhoria da vida das pessoas”, desejando “sucesso às iniciativas de outras agremiações político-partidárias”.
Sem afirmar adesão ao manifesto (a pergunta era se pretende aderir à manifestação e o que pensa dela), o senador Fausto Longo ressaltou, entretanto, que seu campo de batalha “é o ambiente institucional do parlamento e nossas “armas”, durante o exercício do mandato que nos foi legitimamente atribuído pelo voto, são e devem ser, a identificação de problemas enfrentados por nossos representados e a apresentação de soluções, também no ambiente institucional”
Veja a resposta do senador, perguntado – assim como os deputados Fabio Porta e Renata Bueno – se pretende aderir à manifestação do dia 12 de outubro e o que pensa dela, na íntegra: “Primeiramente agradeço e parabenizo revista Insieme por sua profícua atividade e evidente imparcialidade. Sou a favor e apoio toda e qualquer iniciativa cujo objetivo seja contribuir para a melhoria da vida das pessoas.
Em um ambiente democrático, é justo que agremiações politico-partidárias exponham suas ideias e mobilizem seus simpatizantes para quaisquer eventos ou manifestações, principalmente num período pré-eleitoral.
Nosso “campo” de batalha, porém, uma vez eleitos exatamente para a função parlamentar, é o ambiente institucional do parlamento e nossas “armas”, durante o exercício do mandato que nos foi legitimamente atribuído pelo voto, são e devem ser, a identificação de problemas enfrentados por nossos representados e a apresentação de soluções, também no ambiente institucional.
Nesse contexto apresentamos, discutimos e defendemos, no ambiente das comissões permanentes, através de projetos de Lei, emendas, petições, interrogações, questionamentos, solicitação de esclarecimentos, interpelações, inúmeras propostas, pressionando e exigindo o cumprimento da nossa Constituição e, ao mesmo tempo, apresentando mecanismos alternativos visando garantir e aperfeiçoar os serviços para a comunidade italiana, foram mais de uma dezena de Projetos de Lei, cerca de quinhentas emendas, cento e cinquenta aprovadas, apresentadas individualmente como primeiro proponente ou em conjunto com nosso grupo parlamentar.
Estamos tentando, com empenho e seriedade, cumprir nosso papel institucional e, evidentemente, temos a esperança que, no limite de suas possibilidades, o governo também cumpra o seu. Sempre defendi que a Itália precisa entender-se como uma verdadeira nação global que reúne mais de cento e quarenta milhões de almas em um só povo. Um diferencial que poucas economias globais podem usufruir.
Desejo sucesso às iniciativas de outras agremiações político-partidárias. Mesmo ciente de que estamos inaugurando um processo de campanhas eleitorais, considero salutar para o exercício democrático estimular eventos e manifestações dessa natureza. Nossa comunidade já está bastante amadurecida para compreender claramente o sentido, as intenções e os resultados que pode esperar de cada iniciativa”.
