Foto Carlo Peron / Arquivo Insieme

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Silvia Aciati fotografada na Conferência dos Jovens italianos no Mundo, realizada em Roma em 2008.

 

 

CURITIBA – PR – Um convite à comunidade ítalo-mineira para “organizar possíveis listas de candidatos” que concorrerão às eleições do Comites – Comitato degli Italiani all’Estero, a ocorrerem possivelmente ainda este ano, está sendo feito pela presidente do órgão de Minas Gerais, Silvia Alciati, que, assim, toma a dianteira na corrida pela tão esperada renovação das entidades de representação primária dos italianos.

Alciati é a mais jovem presidente dos cinco Comites que operam no Brasil e, segundo a convocação que está fazendo, “para que o Comites possa representar da melhor forma a coletividade italiana de Minas Gerais é importante que seja constituído por membos que possam exercer o mandato atentos aos anseios dos cidadãos”.

A renovação dos Comites será através do voto por correspondência, nos moldes das demais eleições italianas, mas, conforme  já divulgamos anterioremente, somente poderão participar eleitores que, mesmo inscritos no Aire (Registro Italiano dos Residentes no Exterior) demonstrarem previamente intenção de votar.

O pedido de participação nas eleições, endereçado aos consulados italianos, poderá ser feito pelo correio tradicional, ou por correio eletrônico, fax ou até mesmo pessoalmente no próprio Consulado. A solicitação deverá conter informações do eleitores (nome, sobrenome, data e local de nascimento e endereço completo para o envio do material eleitoral), acompanhadas de fotocópia não autenticada do documento de identidade. Pelo menos em Minas Gerais, os pedidos podem ser encaminhados também através dos consulados honorários (Poços de Caldas, Juiz de Fora, Uberlândia, Barbacena, Ouri Fino e São Sebastião do Paraiso).

Eleitos em 2004 para um mandato de cinco anos, os atuais conselheiros dos Comites tiveram seus mandatos prorrogados com os sucessivos adiamentos das eleições por parte do governo italiano, que ora alegava falta de recursos, ora advogava a necessidade de uma nova lei regulamentadora das eleições e do próprio funcionamento e atribuições do órgão. As mudanças não aconteceram e alguns expoentes da comunidade italiana esparramada pelo mundo passaram a denunciar o esvaziamento da representação política dos Comites até que o governo italiano concordou em convocar as eleições, destinando a elas quase sete milhões de euros.

A forma como deverá acontecer, permitindo o voto apenas dos que manifestarem previamente a intenção de votar, entretanto, está sendo vista como outro passo na direção do enfraquecimento dos Comites. O voto, pela legislação italiana, não é obrigatório e muitos eleitores sentem-se motivados a exercê-lo no correr das campanhas quando, pelos prazos fornecidos, já poderá ser tarde demais para o exercício do direito de votar.

O pedido de participação nas eleições deverá ser encaminhado aos consulados, segundo alguns comunicados consulares (o de Minas não faz essa referência) com a antecedência mínima de 50 dias da data das eleições. Tem-se como certo que as eleições deverão ocorrer em data ainda não definida, no curso do mês de dezembro.