Reprodução parcial do comunicado à imprensa distribuído hoje pelo Maie.

Num tom que vai alguns decibeis acima de seu costumeiro comportamento, o coordenador do Maie – Movimento Associativo Italiani all’Estero no Brasil, Luis Molossi, divulgou nota hoje em que critica o último anúncio feito pelo deputado Fabio Porta acerca do esperado recurso aos consulados para colocar fim à angustiante novela das ‘filas da cidadania’. “Eis o que somos constrangidos a suportar – uma ilusória cantilena – depois de mais de quatro anos de uma legislatura que vê os três parlamentares brasileiros a emprestar forte apoio ao governo”, escreveu Molossi.

O comunicado intitulado “Taxa de cidadania PD, um engano aos nossos concidadãos que não resolverá o problema das filas”, lembra que já faz três anos que as famílias são obrigadas a pagar “uma taxa odienta sobre a cidadania, sem ver nada além que o piorar das condições da rede consular e a diminuição do pessoal à disposição da comunidade italiana, sobretudo no Brasil”.

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No final de semana que passou, o presidente do Maie, deputado Ricardo Merlo, esteve reunido em São Paulo com os coordenadores do partido no Brasil. Perguntado sobre o resultado do encontro, Merlo respondeu apenas: “Ainda nada… falta muito tempo para as eleições, nada definido”. Enviou, entretanto, o texto do comunicado de Molossi.

Na semana passada (16/06), o deputado Fabio Porta divulgou nota anunciando que, segundo informações do governo italiano obtidas a partir de uma interpelação parlamentar, os recursos previstos em lei (30% dos 300 euros cobrados sobre cada processo de reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue) deverão chegar em breve os consulado de origem, para a formação de ‘task force’ com o objetivo de resolver o problema das filas.

O jogo de braço entre Porta e Merlo sobre esse tema é antigo e ambos se acusam mutuamente de procurar tirar proveito eleitoral do problema das filas da cidadania. A tensão maior foi registrada por ocasião da convocação, pelo Maie, de um dia de protesto diante dos consulados da América do Sul, no início de abril, episódio que foi ironizado e criticado por Porta e que rendeu réplica de Merlo. Agora Molossi assume o novo ataque: “Até as próximas eleições, os ‘senhores parlamentares de nossas taxas’ andarão adiante com trovejantes OdG [Ordine del Giorno], petições on line flamejantes, esperando salvar seus votos para 2018, e continuarão a criticar instumentalmente quem se empenha em protestar, em pedir soluções, respostas claras, a colocar a cara para queimar dizendo: chega de filas! Queremos dignidade!”, escreve Molossi.

O advogado que foi, nas últimas eleições, candidato, ficando na primeira suplência da área da América do Sul da Circunscrição Exterior, claramente ironiza o eleito Fabio Porta e faz remissão a avaliações de desempenho no Parlamento: “Votem PD que lutaremos pelo fim da taxa da cidadania… que nós mesmos criamos! Votem PD que colocaremos fim às filas da cidadania e dos passaportes! Votem em nós… apoiaremos todas as propostas de governo que impõem cortes nos recursos destinados aos italianos no exterior, mas nós estaremos presentes em 100% das sessões do Parlamento”.

A nota divulgada hoje, em língua italiana, tem o seguinte conteúdo: “Taxa de cidadania PD, um engano aos nossos concidadãos que não resolverá o problema das filas – Roma, 20 de junho de 2017: “O governo está empenhado em transferir fundos aos consulados para as ‘task force’ – O Ministério da Economia respondeu em plenário a um pedido de esclarecimento apresentado por Fabio Porta-PD e subscrita por mais de 30 deputados”… Eis o que somos constrangidos a suportar – uma ilusória cantilena – depois de mais de quatro anos de uma legislatura que vê os três parlamentares brasileiros a emprestar forte apoio ao governo, mas não apenas isso. Faz também três anos que as famílias são obrigadas a pagar “uma taxa odienta sobre a cidadania, sem ver nada além que o piorar das condições da rede consular e a diminuição do pessoal à disposição da comunidade italiana, sobretudo no Brasil.

E agora que todo esse tempo passou inutilmente e que as vésperas das eleições se avizinham, que slogam haverão de inventar-se nossos caros representantes no Parlamento para a próxima campanha eleitoral? “Votem PD que lutaremos pelo fim da taxa da cidadania… que nós mesmos criamos! Votem PD que colocaremos fim às filas da cidadania e deos passaportes! Votem em nós… apoiaremos todas as propostas de governo que impõem cortes nos recursos destinados aos italianos no exterior, mas nós estaremos presentes em 100% das sessões do Parlamento”.

Hoje – mas acontecerá em 2018 se tudo correr bem – nos restituirão talvez 30% dos valores pagos (dizemos, mesmo, confiscados!): uma verdadeira esmola, e estes nossos representantes no Parlamento parecem muito satisfeitos! Querem nos surpreender, estes ‘senhores parlamentares de nossas taxas’? Deveremos, talvez, ficar contentes porque haverão de nos restituir 90 dos 300 euros que nos obrigaram a pagar? Fazem-nos rir!

É uma verdadeira fraude sobre nossos concidadãos que não resolverá, de forma alguma, o problema das filas! O problema das filas deveria ser resolvido pelo governo, que deveria fazer alguma coisa que não fez em todo o seu mandato, ou seja, garantir o direito constitucional à cidadania italiana a quem de direito.

Até as próximas eleições, os ‘senhores parlamentares de nossas taxas’ irão adiante com trovejantes OdG [Ordine del Giorno], petições on line flamejantes, esperando salvar seus votos para 2018, e continuarão a criticar instumentalmente quem se empenha em protestar, em pedir soluções, respostas claras, a colocar a cara para queimar dizendo: chega de filas! Queremos dignidade!”

Em italiano, o comunicado foi assim divulgado: “Molossi (Maie Brasile) – tassa di cittadinanza PD, una truffa ai nostri connazionali che non risolverà il problema delle file – Roma, 20 giugno 2017: -“Il governo impegnato a trasferire i fondi ai consolati per le “task force – Il Ministero dell’Economia ha risposto in aula ad una interpellanza presentata da Fabio Porta (PD) e sottoscritta da oltre trenta deputati”…Ecco cosa siamo costretti a sopportare – una illusoria cantilena – dopo più di 4 anni di una legislatura che vede i 3 parlamentari brasiliani dare un forte appoggio

al governo, ma non solo. Sono anche 3 anni che le famiglie sono costrette a pagare una tassa odiosa sulla cittadinanza, senza vedere nient’altro che peggiorare le condizioni della rete consolare e diminuire ulteriormente il personale a disposizione della comunità italiana, soprattutto in Brasile.

E ora che tutto questo tempo è passato inutilmente e che la vigilia delle elezioni è alle porte, quale slogan si inventeranno i nostri cari rappresentanti in parlamento per la prossima campagna elettorale?“ Votate PD che lotteremo per la fine della tassa sulla cittadinanza…che noi stessi abbiamo creato!””Votate PD che metteremo fine alle file per la cittadinanza e i passaporti!” “ Votateci…noi appoggeremo tutte le proposte di governo che impongono tagli alle risorse destinate agli italiani all’estero, ma saremo presenti in Parlamento al 100% delle sedute…per fare bene il nostro dovere…a vostro favore, s’intende!!!”

Oggi – ma accadrà nel 2018 se va tutto bene – ci restituiranno forse il 30% delle somme pagate (diciamo pure confiscate!): una vera elemosina, e questi nostri rappresentanti in parlamento sembrano molto soddisfatti!Chi vogliono prendere in giro, questi “signori parlamentari delle nostre tasse” ?  Dovremmo forse essere contenti perchè ci restituiscono 90 euro dei 300 che ci hanno costretto a pagare?…ci fanno proprio ridere!

È una vera truffa sulla pelle dei nostri connazionali che non risolverà in nessun modo il problema delle file! Il problema delle file dovrebbe essere risolto dal governo, che dovrebbe fare qualcosa che non ha fatto in tutto il suo mandato: ossia garantire il diritto costituzionale alla cittadinanza italiana a chi spetta.

Fino alle prossime elezioni, i ” signori parlamentari delle nostre tasse” andranno avanti con tuonanti OdG, petizioni on line infuocate, sperando di salvare i propri voti per il 2018, e continueranno a criticare strumentalmente chi s’impegna a protestare, a chiedere soluzioni, risposte chiare, a metterci la faccia in piazza per dire: Basta file! Vogliamo dignità!”