PATROCINANDO SUA LEITURA

 

u Curitiba – PR – Considerado por muitos como o maior tenor de todos os tempos, Luciano Pavarotti morreu na madrugada do dia 06.09.2007 depois de lutar contra um câncer no pâncreas que o impediu de realizar sua turnê de despedida, como havia planejado, durante este ano. O artista que popularizou a ópera e o canto lírico como ninguém, desaparece aos 71 anos de idade, depois de 46 anos de uma brilhante carreira.

Sobre a morte dele se manifestaram as principais autoridades italianas e também grandes personalidades da música e das artes em geral. Ele esteve por setes vezes no Brasil – as duas últimas em 2000. Cantou para grandes platéias – a maior delas, nos Estados Unidos, com um público calculado em 500 mil pessoas. O tenor espanhol José Carreras, que com Plácido Domingo e Pavarotti se apresentaram em público no espetáculo denominado “os três tenores” declarou que o Pavarotti foi um dos maiores tenores da história, apenas comparável a muito poucos artistas. Já Plácido Domingo disse sempre ter admirado a voz de Pavarotti, com um “inconfundível timbre desde o mais baixo ao mais alto da escala”. Logo após sua morte, o site oficial do cantor  apresentou uma foto em preto e branco do artista com uma declaração sua: “Acho que uma vida dedicada à música seja uma vida bem aproveitada e é a isto que me dediquei”.

“Perdemos com ele – declarou o ministro das Relações Exteriores do governo italiano, Massimo D´Alema, – um intérprete entre os mais inspirados para os nossos tempos da grande tradição lírica italiana e européia”. Acrescentou que “perdemos um grande italiano profundamente enamorado de seu país, do qual foi embaixador apaixonado e por todos apreciado, assegurando em todas as circunstâncias uma contribuição preciosa à difusão da cultura italiana e à imagem da Itália inteira no mundo”.

 

O ARTISTA – sobre o tenor, a enciclopédia Wikipédia registra o seguinte: Luciano Pavarotti (Módena, 12 de Outubro de 1935 — 6 de Setembro de 2007) foi um cantor lírico italiano, grande intérprete das obras de Donizetti, Puccini e Verdi.

Pavarotti participou com os tenores espanhóis José Carreras e Plácido Domingo nos concertos “Os três tenores”, e gravou famosos duetos com Bryan Adams, Andrea Bocelli, Céline Dion, U2 e Roberto Carlos, entre outros. É considerado um dos mais importantes tenores de sempre. Cantou nos mais importantes teatros mundiais, como sendo o Teatro alla Scala (Milão), a Royal Opera House (Covent Garden, Londres), a Metropolitan Opera House (Nova Iorque), entre outros.

Pavarotti fez a sua estreia na ópera em 29 de Abril de 1961 no papel de Rodolfo de La bohème, em Reggio Emilia.

Estreou-se na América em Fevereiro de 1965 com a Greater Miami Opera junto com Joan Sutherland em Miami. Pavarotti foi o cantor substituto de um tenor subitamente doente e executou o seu papel sem prévio ensaio. Sutherland recomendou o jovem Pavarotti, que viajava na sua turnê, já que tinha desempenhado muito bem o papel. Em Milão, em 28 de Abril seguinte, estreia no Teatro alla Scala com La bohème. Depois de uma turnê à Austrália regressou ao La Scala onde fez o papel de Tebaldo de I Capuleti e i Montecchi em 1966, com Giacomo Aragall como Romeo. O seu primeiro papel de Tonio subiu à cena no Covent Garden em 2 de Junho desse ano.

Atinge grande êxito em Roma em finais de 1969 cantando I Lombardi com Renata Scotto, registado em disco e amplamente distribuído, tal como árias de I Capuleti e i Montecchi, habitualmente com Aragall. Os primeiros registos comerciais incluem um recital com obras de Donizetti e Verdi, com árias (a de Don Sebastiano de excepcional qualidade), bem como um L’elisir d’amore completo, com Sutherland. O seu maior êxito nos EUA chega com La fille du régiment de Donizetti, em 1972, na Metropolitan Opera, onde leva o público à loucura com nove aparentemente fáceis para si dós tenores. Foi chamado 17 vezes à cena em constante aplauso.

No início da década de 1980, lança The Pavarotti International Voice Competition para jovens cantores, cantando com os vencedores em 1982 excertos de La bohème e de L’elisir d’amore. O segundo concurso em 1986 repete La bohème e Un ballo in maschera. Para comemorar o 25º aniversário de carreira leva os vencedores a Itália para recitais de gala de La bohème em Modena e Génova, e à China exibindo La bohème em Pequim. Actua no Grande Salão do Povo para 10.000 pessoas, recebendo ovação entusiástica por nove dós tenores. O concurso de 1989 continha excertos de L’elisir d’amore e Un ballo in maschera. Os vencedores deste acompanharam Pavarotti em performances em Filadélfia em 1997.

Um novo incremento à sua fama internacional ocorreu quando em 1990 cantou a ária de Giacomo Puccini “Nessun Dorma” da ópera Turandot, que foi o hino da Copa do Mundo de 1990 em Itália. Forma com Plácido Domingo e José Carreras Os Três Tenores, acompanhados pelo maestro Zubin Mehta, que ainda hoje é o álbum de música clássica mais vendido de sempre. Em Hyde Park, Londres, junta 150.000 pessoas para o ouvir. Em Junho de 1993, mais de 500.000 dirigem-se ao Central Park de Nova Iorque para o ouvir, com milhões em todo o mundo a segui-lo pela televisão. Em Setembro, em Paris, junta 300.000. Os três Tenores repetem recitais nas várias Copas do Mundo de Futebol: em Los Angeles em 1994, em Paris em 1998, e Yokohama em 2002.

Pavarotti tem duas entradas no livro Guinness World Records: o maior número de chamadas ao palco — 165 — e o álbum de música clássica mais vendido de sempre (In Concert de Os Três Tenores partilhado com os colegas Plácido Domingo e José Carreras).

Em 2003 publica a sua última compilação, Ti Adoro.

Casa com a sua assistente, Nicoletta Mantovani, com quem teve dois filhos; devido a complicações no parto, apenas uma, Alice, sobrevive. Iniciou a sua turnê de despedida em 2004, aos 69 anos, após quatro décadas de palco.

Pavarotti actuou pela última vez na New York Metropolitan Opera em 13 de Março de 2004 recebendo uma ovação de 12 minutos pelo papel do pintor Mario Cavaradossi na Tosca de Giacomo Puccini’s . Em 1 de Dezembro de 2004 anuncia a turnê final em 40 cidades, produzida por Harvey Goldsmith.

Em 10 de Fevereiro de 2006, Pavarotti canta “Nessun Dorma” na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006 em Turim.

Doença

Desde 2006 submetera-se a tratamento devido a um tumor no pâncreas, mas o estado de saúde agravou-se no Verão de 2007. Luciano Pavarotti esteve internado num hospital durante mais de duas semanas para tratamentos e diagnósticos. Uma semana antes da sua morte foi para a sua casa, onde veio a falecer a 6 de Setembro de 2007, pois o seu estado de saude piorou significativamente no dia antes da sua morte.

Morte

O tenor italiano Luciano Pavarotti, considerado por muitos o maior cantor lírico de sua geração, morreu na madrugada de 6 de Setembro de 2007, aos 71 anos de idade. A morte foi anunciada pelo empresário do cantor, Terri Robson.

Operado de um câncer pancreático em julho de 2006, em Nova York, ele deixou de fazer aparições públicas desde então. Ficou em sua casa em Modena, no norte da Itália, onde faleceu.