Depois de uma visita informal de três dias para “tomar o pulso” da realidade italiana nos Estados do Paraná e Santa Catarina, o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, definiu para o final do primeiro trimestre deste ano – no mês de março – a visita oficial que fará à jurisdição consular de Curitiba, com todos os contatos protocolares com as autoridades locais dos dois Estados. O embaixador esteve dias 25 e 26 em Curitiba e, no dia 27, foi a Florianópolis, onde, nos contatos com representantes da comunidade, ouviu repetir-se a reivindicação de melhor atendimento consular ao “Estado com o maior percentual de ítalo-descendentes do Brasil”.

O embaixador Antonio Bernardini, natural da província de Bari, no Sul da Itália, assumiu suas funções no Brasil pouco antes das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em substituição a Raffaele Trombetta, tendo já visitado oficialmente diversas circunscrições consulares.

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A parte pública da visita informal de Bernardini, sempre acompanhado do cônsul geral Enrico Mora e da deputada no Parlamento Italiano, Renata Bueno, começou na tarde do dia 25 com um encontro promovido na sede da Italocam – Camara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do Paraná que, sob a presidência de Francesco Pallaro, reuniu as principais empresas italianas que operam na Grande Curitiba. Antes, o diplomata estivera reunido com Mora na sede do Consulado.

No dia seguinte, o visitante foi recebido, ainda na parte da manhã, na sede da Sociedade Giuseppe Garibaldi, presidido por Benone Constante Manfrin, onde participou da reinauguração dos monumentos reformados diante da centenária construção ao lado, dentre outras autoridades presentes, da vice-governadora Cida Borghetti e do presidente do “Comitato degli Italiani all’Estero” – Comites PR/SC, Walter Petruzziello, logo após ter participado de um encontro a portas fechadas com conselheiros do Comites e o presidente do Centro de Cultura Italiana PR/SC, Alcir Empinotti. A visita a Curitiba foi encerrada com um almoço oferecido nas dependências da própria Sociedade Garibaldi.

Em Florianópolis, Bernardini esteve em dois encontros com representantes da comunidade ítalo-catarinense: na sede do Círculo Ítalo-Brasileiro de Santa Catarina-Cibsc, o embaixador ouviu da presidente da entidade, Alessandra Curioni, um extenso relato sobre as atividades do Círculo, que mantém escola independente de língua italiana para cerca de 300 alunos, além de ser saudado por representantes de diversas associações ítalo-catarinenses.
Diego Mezzogiorno, que integra o conselho da Câmara de Comércio, apresentou ao embaixador reivindicações de melhoria no atendimento consular, assinalando que a dependência de Curitiba obriga pessoas a fazerem cerca de 800 quilômetros. “Somos o Estado com o maior percentual de ítalo-Brasileiros”, disse ele, falando também pelas comunidades do Espírito Santo, “outro Estado com problemas semelhantes, com o qual passamos a estabelecer contato permanente”. “Curiosamente, os dois Estados com o maior percentual de ítalo-brasileiros do Brasil não têm consulado”,  disse ele.

A visita de Bernardini em Florianópolis foi encerrada com um almoço nas dependências do Hotel Majestic, onde também aconteceu o encontro organizado pela Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, presidida por Renato Timmm Marins, com empresários italianos que operam em Santa Catarina, dentre eles diretores da Marcegaglia do Brasil, da Azimut Yachts, do Perini Business Park, de Joinville; da Vinícola Leone di Venezia em São Joaquim, entre outros.