Fabio Porta se diz “amargurado e atônito” com as acusações de instrumentalização feitas por Rizzioli. “Queremos desmentir a realidade?”

“Estou amargurado e atônito, porque verdadeiramente não entendo o motivo de tanta indignação”. Assim reagiu o candidato ao Senado pelo PD – Partido Democrático, Fabio Porta, ao comentar a acusação de instrumentalização a seu favor da inauguração da nova sede do consulado da Itália em Belo Horizonte, no último dia 23, na presença do ministro das Relações Exteriores, Angelino Alfano.

A acusação foi feita pela também candidata ao Senado pela coligação “Liberi e Uguali”, Silvana Rizzioli, ao expressar sua “ absoluta indignação em relação à instrumentalização política realizada pelo PD, na pessoa de Fabio Porta e sua equipe por ocasião da inauguração da nova sede do consulado italiano em Belo Horizonte”.

PATROCINANDO SUA LEITURA

“Durante a [solenidade de] inauguração – rebate Porta em nota enviada à redação de Insieme – fui procurado por uma equipe de TV do PD Brasil e, respondendo à pergunta do jornalista, disse que a inauguração se insere num mais amplo compromisso de reforço dos consulados (em termos estruturais e de recursos) realizado nos últimos anos pelos governos conduzidos pelo Partido Democrático”.

“Queremos desmentir a realidade?”, pergunta Fabio Porta, “ou isso não é vardade? Ou o mérito é do centro-direita de Berlusconi, do Movimento 5Stelle ou do partido de extrema esquerda nascido para colocar em dificuldade exatamente os governos da coalisão que hoje apoia o premiê Paolo Gentiloni?”.

O consulado de Belo Horizonte já vinha funcionando na nova sede desde agosto último e, durante a inauguração, segundo Rizzioli, “foram feitas informações inverídicas em relação ao apoio, que nunca aconteceu, do próprio PD à constituição da nova sede”. Ela também afirmou que, no mesmo contexto, “foram veiculadas imagens referentes a uma reunião com o Dr. Olavo Machado Júnior, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, que desconhecia o cunho político deste encontro”.

Segundo Porta, da mesma forma, “a doutora se descabela devido a uma visita dos candidatos e do Secretário do PD no Brasil à Fiemg e seu presidente, e também neste caso não entendo onde esteja o escândalo”. O candidato assegura que “aproveitamos nossa presença em Belo Horizonte para apresentar ao Presidente de uma das maiores organizações empresariais do Brasil o projeto do PD para o desenvolvimento e o fortalecimento das relações ítalo-brasileiras na área econômica; e falamos também de um projeto de cooperação entre cidades italianas e brasileiras, apresentado por um colaborador nosso, que é economista da FGV [Fundação Getúlio Vargas] do Rio [de Janeiro]”.

Porta conclui a nota dizendo que compreende que nos dias finais da campanha eleitoral “os nervos e o cansaço dos candidatos são colocados às duras provas por essa complexa situação”, mas que ele dirige “um novo apelo a todos – partidos e candidatos – para que dêem prevalência aos conteúdos e ao diálogo sobre ofensas e instrumentalizações”, pois disso “a política, a Itália e o Brasil somente obterão benefícios”.