Sobre sua recente denúncia de fraudes nas eleições de 2013 para o Parlamento italiano, publicada em entrevista ao jornal italiano “La Repubblica”, a deputada Renata Bueno disse ontem (27) em Curitiba que não tem provas para sustentar o quanto disse mas voltou a insistir que “muita gente ganhou voto ilicitamente”.

“Nós não temos provas; se tivéssemos provas, a gente já teria brigado desde o início porque, independentemente de minha eleição, acho que muita gente ganhou voto ilicitamente e isso ficou claro” na contagem dos votos. “Muitas cédulas teriam sido manipuladas”, repetiu a parlamentar.

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Na entrevista que concedeu ao editor da Revista Insieme, entretanto, Renata Bueno não explicitou, como fizera anteriormente, onde teriam ocorrido as fraudes que alega. Em sua entrevista (“uma conversa informal”) ao jornalista Carmelo Lopapa (“que é um amigo meu”), Renata citou como palco das irregularidades o Consulado Geral da Itália em São Paulo.

Perguntada se defende a modalidade eletrônica de voto, Renata Bueno diz que não. Mas anuncia que está questionando o governo italiano através de um pedido de informações (“interrogazione”) sobre que medidas estaria tomando para garantir maior segurança e controle sobre as eleições na Circunscrição Eleitoral do Exterior.

“Nós ainda não temos uma modalidade que seja mais segura, ou um pouco melhor que essa dos correios, então por enquanto temos que manter esta”, disse a parlamentar, defendendo, entretanto, “maios segurança dentro dos consulados”, o local onde estariam residindo os problemas apontados.

É preciso, segundo ela, “um controle do próprio Ministério do Interior para que os consulados e funcionários consulares consigam manter um maior controle possível das cédulas eleitorais que saem e das que voltam”, disse Renata Bueno. A democracia precisa ser limpa e transparente”, acrescentou.