11, 13, 15, 17, 19 e 21 de outubro, no Grande Teatro
u Com direção de arte de José Possi Neto e direção musical e regência de Luiz Fernando Malheiro, Falstaff terá a participação da Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais, além de solistas convidados. A ópera, inédita em Belo Horizonte, é uma homenagem ao regente Sérgio Magnani, que sempre teve o sonho de ver esta montagem em cartaz na capital mineira.
A Secretaria de Estado de Cultura (SEC) e a Fundação Clóvis Salgado (FCS), em Belo Horizonte (MG), abrem, dia 11 de outubro, a tradicional Temporada de Ópera 2007, no Palácio das Artes. A obra que inicia a temporada é um grande clássico de Giuseppe Verdi, Falstaff. As récitas serão nos dias 11, 13, 15, 17, 19 e 21 de outubro, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Além de Falstaff, a Fundação Clóvis Salgado apresenta, nos dias 25, 27 e 28, a ópera O Homem que confundiu sua mulher com um chapéu, de Michael Nyman, com direção geral de Iacov HIllel, regência de Marcelo Ramos, quarteto de cordas, violoncelo, harpa, piano e solistas convidados.
Como é uma marca das temporadas de ópera do Palácio das Artes, as grandes produções serão apresentadas com preços acessíveis: Platéia I, R$ 20; Platéia II, R$ 15; Platéia Superior, R$ 10; e meia entrada para as pessoas devidamente documentadas. A abertura da Temporada de Ópera, com Falstaff, terá ainda um diferencial: nos dias 11 e 13 a obra terá o preço especial de R$ 10 em todos os setores do Grande Teatro do Palácio das Artes. Nos dias 11, 13, 15, 17 e 19, a apresentação será às 20h30 e no dia 21, às 19h.
FALSTAFF
Última ópera composta pelo italiano Giuseppe Verdi, Falstaff estreou no Teatro Scala, de Milão, em fevereiro de 1893. Com libreto do compositor, crítico musical e poeta Arrigo Boito, Falstaff é uma comédia lírica em três atos, primariamente baseada na peça As Alegres Mulheres de Windsor, de Shakespeare. A história da ópera se passa em Londres, no século 15. O protagonista, Sir John Falstaff, é um glutão, beberrão, sonhador e empobrecido cavaleiro.
Para resolver a situação da falta de dinheiro e pagar as contas da taverna, Falstaff expõe um plano a seus dois criados: tentará conquistar, através de cartas, duas belas comadres de Windsor, Alice Ford e Meg Page, que detém as chaves dos cofres dos maridos e controlam as finanças de suas respectivas casas. Entretanto, Alice e Meg descobrem a farsa de Falstaff e decidem pregar uma peça para castigá-lo por sua audácia. Junto de seus maridos, as duas armam vinganças contra o falso conquistador. O grupo arruma uma cesta de roupa suja, onde consegue colocar Falstaff e atirá-lo no rio Tamisa.
Logo depois, Falstaff é levado para se encontrar com Alice, junto do velho carvalho de Heine, lugar no qual, segundo a crendice, os espíritos e fadas se reúnem à noite. As mulheres combinam de se fantasiar de fadas e bruxas, para dar um grande susto no comilão. Ao ver as comadres disfarçadas, Falstaff diz para si próprio: “São as fadas! Quem as vir, morrerá!” Aterrorizado, ele se joga no chão, escondendo o rosto no solo. Após a dança das Fadas, entram todos os outros que querem vingar-se ou caçoar de Falstaff. Ele é insultado, cutucado, beliscado, rolam-no no chão, e fazem com que ela peça perdão por suas culpas. Mas ele não será o único ludibriado. O final da mascarada guarda várias surpresas.
Personagens
Sir John Falstaff (Lício Bruno – barítono): gordo, bêbado, vaidoso, desajeitado e pobre cavaleiro que ama um bom plano tanto quanto uma boa comida e bebida.
Alice Ford (Eliseth Gomes – soprano) – atrativa e rica mulher da povoado. Ela é a esposa de Ford, a mãe de Nannetta e objeto da falsa afeição de Falstaff. Junto com Meg planeja dar uma lição em Falstaff.
Meg Page (Luciana Monteiro – mezzo-soprano): bem humorada e bem casada mulher que Falstaff tenta seduzir por seu dinheiro. Meg e Alice tramam envergonhar e humilhar o namorador Falstaff.
Dame Quickly (Regina Helena Mesquita – mezzo-soprano): esperta fuxiqueira do povoado. Quickly é o elo de ligação no plano das alegres mulheres e Falstaff, carregando as mensagens entre as duas senhoras e o ridículo cavalheiro.
Nannetta (Carmem Monarcha – soprano): bonita filha de Alice e Ford, profundamente apaixonada por Fenton. Seu pai a prometeu em casamento ao velho e ridículo Dr. Caius.
Fenton (Luciano Botelho – tenor): jovem do povoado que está apaixonado por Nannetta.
Ford (Manuel Alvarez- barítono): marido de Alice e pai de Nannetta, um homem amável, mas ciumento. Fica terrificado ao imaginar que sua esposa irá traí-lo com Falstaff. Ford havia prometido sua filha em casamento ao Dr. Caius – quisesse ela ou não.
Dr. Caius (Geilson Santos – tenor): falso médico que Falstaff adora provocar. Para fazer Falstaff pagar por suas trapaças, Caius alia-se ao ciumento Ford, e no processo, planeja casar-se com a adorável Nannetta.
Bardolfo (Sergio Weintraub – tenor): um dos lacaios de Falstaff e companheiro de bebedeiras. Quando Falstaff ameaça que não vai mais custear sua bebida e sua comida, Bardolfo adere ao plano contra seu patrão.
Pistola (Sávio Sperandio – baixo): um dos lacaios de Falstaff e companheiro de bebedeiras. Quando Falstaff o ofende, Pistola comunica a Ford que o cavaleiro planeja seduzir Alice.
Fonte: The Metropolitan Opera, de Nova York. www.metoperafamily.org .
Giuseppe Verdi (1813 – 1901)
Giuseppe Verdi nasceu em Roncole, na Itália, em 10 de outubro de 1813, e faleceu em Milão, em 27 de janeiro de 1901. Verdi impôs-se como um dos principais compositores da arte lírica do século 19. Estreada em 1842, no Scala, de Milão, a sua terceira ópera Nabucco trouxe-lhe glória como um compositor cujas preocupações morais, políticas e estéticas correspondiam às mais profundas aspirações populares. Entre suas obras mais famosas estão O Trovador e La Traviata (1853), Aïda (1871), Requiem (1874) e Otello (1887).