u BELEM – PA – Durante i giorni 5-8 novembre 2007 si è tenuto a Belém, presso il Centro Congressi “Hangar”, il Primo Forum Amazônia Sustentável: Dialogo e Azione per un Amazzonia più Giusta e Sostenibile.

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La percezione che sia possibile   un nuovo modello di sviluppo in Amazzonia e che ciò sia urgente e necessario per la sopravvivenza del Pianeta, e di conseguenza, dell’Umanitá, è stata la linea direttrice dei dibattiti che si sono susseguiti durante  il suo svolgimento. Ne hanno preso parte oltre 58 entità distribuite tra imprese pubbliche e private, Ong’s ed il Governo Federale con la partecipazione della Ministra Marina Silva, e Governo Statale con la partecipazione della Governatrice Ana Julia Carepa ed i suoi Segretari delle Segreterie di Ambiente e Scienza e Tecnologia.

La Ministra ha affermato “È un iniziativa lodevole dalla quale potremmo trarre molto profitto dato che nel Ministero sempre basiamo la nostra lotta su ciò che la Società Civile ci indica come maggiore priorità”.

La Governatrice ha sottolineato quanto sia importante promuovere dibattiti su temi di fondamentale importanza per il Brasile ed il mondo.

Lo scienziato dell’INPA, Antonio Donato Nobre ha illustrato il suo lavoro inerente i cambiamenti climatici e sottolineato la drammaticitá che gli eventi attuali mostrano e l’urgenza del cambiamento.

Testimonial del Forum, che ha letto la “Carta di Copromesso” sottoriportata nella sua integralità, é stato l’attore Vito Fasano.

Il Forum è servito anche come momento preparativo e di aggregazione in vista del Global Social Forum e del Forum Pan-Amazzonico che si terrà a Belém nel Gennaio del 2009 e verterá molto sulle problematiche climatiche oltre che sociali.

 

u Carta de compromisso  Fórum Amazônia Sustentável

As organizações da sociedade civil, movimentos sociais, instituições acadêmicas e de pesquisa e as empresa privadas e públicas, abaixo assinados, declaram seu compromisso com os termos desta carta e com a implementação da missão deste Fórum, promovendo as mudanças necessárias em seu modo de se relacionar com a Amazônia e o monitoramento das suas atividades com base em indicadores de sustentabilidade construídos coletivamente e compatíveis com as especificidades amazônicas.

 Ícone mundial da diversidade socioambiental, a Amazônia abriga a maior bacia hidrográfica, a maior floresta tropical e a maior área contínua de manguezais do mundo, além de expressiva diversidade de povos indígenas e outras populações, distribuídas em vove países. É uma das regiões mais preservada do planeta, onde se encontram ativos da biodiversidade e recursos hídricos determinantes na regulação climática global.

Apesar disso, a Amazônia brasileira vem sendo ameaçada por múltiplas formas de exploração insustentável e/ou ilegal, por impactos diretos e indiretos causados por obras de infra-estrutura, e por outras atividades que têm entre suas conseqüências as queimadas e desmatamentos, os quais contribuem fortemente para o agravamento do aquecimento global. O desmatamento, o abandono das áreas desmatadas e a degradação das florestas e ecossistemas, embora com diferentes intensidades nos estados da Amazônia, já atingiram índices intoleráveis.

O aumento das atividades econômicas decorrentes desse processo não se converteu em benefícios reais duradouros nem para a população da região, nem para o país. A grilagem de terras, o trabalho análogo ao escravo e o trabalho precário, o desmatamento ilegal e as atividades ilegais e/ou insustentáveis são aspecto desse mesmo processo e devem ser combatidos e erradicados com esforço de toda a sociedade brasileira e internacional.

É fundamental coibi incisivamente a ilegalidade, acabar com a impunidade e a corrupção que permeiam os processos de degradação socioambiental e demandar do Estado brasileiro, em suas diferentes esferas o exercício pleno de suas responsabilidades constitucionais frente aos direitos humanos, como por exemplo, a justiça, a segurança pública e a proteção do meio ambiente.

Isso deve ser feito para gerar um ambiente de negócios com regras claras, respeito aos direitos estabelecidos e cumprimento de deveres e compromissos assumidos, estimulando, assim, investimentos em conformidades com a legislação e com as práticas que valorizam os bens e serviços ambientais e o patrimônio da sociobiodiversidade.


 

A Amazônia brasileira corresponde a 59% de todo o território nacional, abriga 12,2% da população do país, com mais de 180 etnias distintas, mas responde por apenas 8% do PIB. Mais de dez milhões de pessoas 45% de sua população, vivem abaixo da linha da pobreza e menos de 1% do PIB amazônico advém da biodiversidade regional (IBGE, 2004,2006, IMAZON,2007).

O desenvolvimento da Amazônia com inclusão econômica e social requer a valorização das potencialidades e vocações regionais; o respeito ás diversidades culturais;

A promoção da educação básica e de pesquisa e tecnologias adequadas á realidade local, com o reconhecimento dos conhecimentos tradicionais associados ao uso da biodiversidade; a promoção do ordenamento territorial e ambiental e a regularização fundiária da região; o equacionamento dos problemas da urbanização; a eliminação do fomento e dos subsídios ás atividades insustentáveis e ilegais; o estimulo ás atividades setores empresariais comprometidos com a responsabilidade socioambiental integrando suas cadeias de valor; e a geração de trabalho decente e renda.

A Amazônia representa uma oportunidade única para que se alcance um modelo de desenvolvimento inovador e sustentável, com os devidos cuidados no uso dos recursos naturais, sem desperdícios e em benefício de todos, garantindo condições dignas de vida para suas populações, a valorização do seu patrimônio cultural e a conservação do patrimônio biológico.

Em face da relevância da região e da necessidade de um esforço intersetorial e suprapartidário baseado nas melhores premissas da responsabilidade socioambiental, criamos o FÖRUM AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL, com a missão de mobilizar lideranças dos diversos segmentos da sociedade, promovendo o diálogo e a cooperação para construir e articular ações, visando a uma Amazônia justa e sustentável.

Este Fórum baseia-se no diálogo entre diferentes, com a perspectiva de que a construção da sustentabilidade requer a cooperação e o equacionamento dos conflitos, no âmbito de uma agenda propositiva. Um pressuposto deste Fórum é que o desenvolvimento da Amazônia depende do ordenamento territorial que garanta os direitos coletivos de seus povos indígenas, comunidades quilombolas, populações tradicionais e ribeirinhas; e que cada grupo social nele se reconheça.

Para cumprir sua missão, o Fórum deverá desenvolver prioritariamente as linhas de ação descritas a seguir, as quais organizam e orienta a proposta inicial de agenda de trabalho disponível para consulta junto ás organizações signatárias:

1 – Mobilização da sociedade para o controle social do mercado e das políticas publicas;

2 – Fortalecimento do mercado de produtos e serviços sustentáveis

3 – Construção de compromissos de boas práticas produtivas;

4 – Valorização do conhecimento tradicional e reconhecimento e garantia dos direitos de povos indígenas, comunidades quilombolas e populações tradicionais;

5 – Estimulo ao desenvolvimento cientifico e tecnológico para a sustentabilidade;

6 – Demanda de ações do Estado para ordenamento, regulação, fiscalização, monitoramento e proteção de direitos;

7 – Proposição de Políticas Públicas de fomento e apoio ao desenvolvimento sustentável;

8 – Fomento ao diálogo entre as organizações e redes dos países amazônicos.

É hora de todos nós assumirmos a responsabilidade de juntar forcas em um acordo urgente que envolva a coletividade para mudar a história recente da Amazônia em integração harmônica com outras regiões.