Convocar os cidadãos italianos ao voto consciente, sem fornecer qualquer orientação institucional pelo “Sim” ou pelo “Não”. Esta é a posição do Comites – ‘Comitato degli Italiani all’Estero’ para os Estados do Paraná e Santa Catarina, tomada na reunião realizada dia 29 de outubro, sob a presidência do advogado Walter Petruzziello. “Eu tenho minha posição, não vou ficar em cima do muro”, mas na condição de presidente da entidade oriento pela liberdade de opinião.

Cada conselheiro está livre para orientar seus eleitores da forma que lhe aprouver”, disse Walter durante o encontro que tomou toda a manhã de sábado e durante o qual outros temas de interesse da comunidade italiana foram debatidos, com a participação de Maria Salamandra, representando o Consulado Geral da Itália na reunião. Um desses temas abordou o resultado da campanha beneficente desenvolvida em favor dos terremotados da Itália Central.

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Sobre o Referendum, a entidade fornecerá brevemente a todos os conselheiros, e por escrito, extenso material, contendo argumentos tanto pelo “Sim” quanto pelo “Não”, segundo anunciou Petruzziello. Assim, cada um poderá melhor se informar, e eventualmente orientar e esclarecer dúvidas de eleitores interessados que procurarem maiores esclarecimentos.

Os cidadãos italianos e ítalo-brasileiros inscritos nos consulados e com direito a voto deverão começar a receber os envelopes eleitorais já em meados de novembro. A correspondência contendo o voto é preciso que chegue aos consulados até o final do mês para que o voto seja considerado válido. O voto não é obrigatório.

Durante o encontro, os conselheiros do Comites tiveram oportunidade de trocar idéias sobre os diversos aspectos que envolvem o Referendum que pretende alterar a Consticuição Italiana. Um dos temas mais relevantes para os italianos no exterior é diminuição da sua representação no Parlamento, uma vez que o novo Senado elimina as seis cadeiras hoje destinadas à Circunscrição Eleitoral do Exterior.