La donna divorziata ha diritto  alla cittadinanza?

u Chiedo scusa ai lettori d’Insieme, prima di tutto, dell’assenza nelle due ultime edizioni, perché mi trovavo fuori dal Brasile e senza la possibilità di scrivere.
Voglio ringraziare le numerose lettere che ricevo e dire ai missivisti che le ho risposte tutte.
Uno dei dubbi ricorrenti nelle lettere e anche nei contatti personali riguarda il riconoscimento della cittadinanza direttamente in Italia. Ripeto, in poche parole, quello che ho già detto e scritto, ossia:
Solo la persona legalmente residente nel territorio italiano lo può fare, mediante la presentazione dei documenti legalizzati da un consolato italiano in Brasile. Il problema è che l’interessato non ottiene tale legalizzazione, non riuscendo dunque a consegnare i documenti in Italia. Alcune persone che si trovano legalmente in Italia mi hanno scritto che il comune di residenza non vuole accettare i documenti senza detta legalizzazione. Vorrei sottolineare che l’ufficiale dello Stato Civile del comune di residenza deve accettare i documenti e inviargli al consolato competente per l’apposita legalizzazione. Spero di essere stato chiaro e di aver risolto definitivamente la questione.
Un altro dubbio: La donna divorziata ha diritto alla cittadinanza italiana?
In questo caso sono due le questioni che possono generare dubbi:
La prima riguarda le donne che si sono sposati con cittadini italini fino al 27 aprile 1983; la seconda si riferisce al matrimonio celebrado dopo quella data.
Nel primo caso, la donna ha diritto alla cittadinanza  jure matrimonio, situazione già prevista nell’antico Codice Civile Italiano, che determinava che la donna straniera accquistava automaticamente la cittadinanza italiana del marito. In alcuna sua parte il Codice Civile si riferisce a perdita di cittadinanza successivamente al divorzio e, quindi, in nessun caso la donna che ha acquisito la cittadinanza italiana per matrimonio la perde in conseguenza del divorzio. Nel secondo caso, ossia, i matrimoni celebrati dopo il  27 aprile 1983, la questione è molto più semplice, perché la riforma del Codice Civile, in vigore da quella data, ha tolto l’obbligo per cui la donna acquistava automaticamente la cittadinanza del marito.
Solo per completare: il marito non ha mai avuto il diritto – per matrimonio – ad acquistare la cittadinanza dela moglie, se italiana o avente diritto alla cittadinanza italiana.

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A mulher divorciada tem direito à cidadania?

u Antes de mais nada peço desculpas aos leitores de Insieme por ter estado ausente nas duas ultimas edições, mas minha ausência do país não me permitiu escrever para aquelas edições.
Gostaria, nesta edição de agradecer às dezenas de correspondências que tenho recebido e de dizer aos leitores que respondi todas elas.
Observei, nestas correspondências e em muitos contatos pessoais que persiste a dúvida sobre a questão da legalização de documentos para obter o reconhecimento da cidadania diretamente na Itália. Repito, de forma resumida, aquilo que já falei e escrevi anteriormente ou seja:
Não è possível ao interessado legalizar os documentos   nos Consulados e em conseqüência não è possível fazer a entrega diretamente na Itália, se a pessoa não for  legalmente residente no território italiano.  Algumas pessoas que residem legalmente na Itália me escreveram dizendo que o Município de residência não quer aceitar os documentos sem a legalização. Esclareço que o Oficial do Registro Civil do Município de residência deve aceitar os documentos e encaminhá-los para o Consulado de competência para a devida legalização. Espero que isto esclareça definitivamente a questão.
Outra dúvida : Mulher divorciada tem direito à cidadania italiana?
Aqui surgem duas questões que podem gerar duvidas:
A primeira é o caso de mulheres que se casaram com cidadãos italianos  até 27 de abril de 1983 e a segunda é o casamento celebrado após esta data.
No primeiro caso a mulher tem direito a cidadania italiana juri matrimonio  porque  isto era previsto no antigo ordenamento do Código Civil Italiano que determinava que a mulher estrangeira adquiria automaticamente a nacionalidade italiana do marido.  Em nenhum momento o Código Civil menciona a perda da cidadania  após o divórcio e, portanto, em nenhum caso a mulher que adquiriu a cidadania italiana, pelo casamento, a perde em decorrência do divórcio. No segundo caso, ou seja para casamentos celebrados após 27 de abril de 1983, a questão é muito mais simples, pois a partir daquela data a cidadania não se transmite mais pelo matrimonio, pois a reforma do Código Civil, que entrou em vigor naquela data, retirou a obrigatoriedade  que da mulher tinha em  adquirir automaticamente a nacionalidade do marido.
Apenas para complementar: Em nenhum momento o marido teve direito a adquirir, pelo matrimônio,   a nacionalidade da mulher, no caso dela ser italiana ou ter direito à cidadania italiana.