CURITIBA – PR – A reunião do Intercomites no Rio de Janeiro, adiada de 25 de agosto para 10 de setembro, não terá, como anunciado, o preso pretendido. O adiamento forçou a retirada de cena do deputado Fabio Porta, que já havia confirmado sua participação na primeira data e, além disso, poderá tirar de cena também alguns dos conselheiros do Brasil no CGIE – Conselho Geral dos Italianos no Exterior. Ontem, Claudio Pieroni, de São Paulo, informou que no dia 7 tem reunião da Consulta Toscana, na Itália, e não sabe se conseguirá retornar em tempo para poder participar do encontro do dia 10.

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A reunião do Intercomites, além de assinalar a troca de “turno” na presidência do órgão, que deverá passar automaticamente, segundo antigo acordo, de Gianluca Cantoni para Francesco Rodolfo Perrotta, do Comites do RJ, tem como principal assunto da pauta a discussão de uma tomada de posição ante o silêncio da Embaixada da Itália no Brasil a um questionamento formal da entidade acerca do andamento dos trabalhos da “Task Force” – o mutirão da cidadania, organizado pelo governo italiano para colocar fim às ingentes filas formadas diante dos consulados italianos que operam no Brasil, de ítalo-descendentes que requerem o reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue. Há já bastante tempo não são mais fornecidos relatórios, antes trimestrais, da situação desses trabalhos, que foram prejudicados em função da alegada crise financeira que se abateu sobre a Itália.

O adiamento da reunião, segundo já noticiado, teria sido motivado pela impossibilidade da participação da Embaixada (embora inicialmente não houvesse essa previsão) na reunião marcada para este fim-de-semana. “Fiquei muito aborrecido”, disse o deputado Fabio Porta, assim que soube do adiamento do encontro. “Assim que soube da reunião do Rio de Janeiro, me organizei para participar, para isso até mudei meu programa de férias familiares. Informei a Embaixada, também porque iria colocar o problema dos dados atualizados sobre o andamento da Task Force e das possíveis soluções para o problema com força”. “Infelizmente – diz Porta – no dia 10 de setembro estarei em Roma e me será impossível participar”.

O deputado, que é o único parlamentar italiano a residir no Brasil, diz não entender o motivo pelo qual ele, “de Roma, possa se organizar em 24 horas para participar de uma reunião no Rio de Janeiro, enquanto a Embaixada precisa de semanas de antecedência para organizar sua presença”. “Será, talvez – pergunta Porta –, porque eu tinha confirmado a minha participação? Estou abborrecido, muito aborrecido”, conclui o parlamentar que, também, dirigiu há mais tempo pedidos de informação sobre o tema à Embaixada sem, aparentemente, nenhuma resposta.

Quanto ao CGIE, segundo Pieroni, é provavel que também o conselheiro Walter Petruzziello não participe da reunião do Rio de janeiro, pois está “envolvido na campanha do filho a vereador”. Mas ele informa que uma outra reunião está prevista – esta para Brasília – envolvendo prarticamente as mesas pessoas: CGIE, Embaixada, Comites e Cônsules. Trata-se da “pré-plenária” (do CGIE, prevista para 26 a 30 de novembro, em Roma). Pieroni diz que está em tratavivas com o conselheiro Gabriele Annis (este participaria também da reunião do Rio) para a definição de uma data. Assim, “poderemos retomar os assuntos de setembro nesta reunião mais global, em novembro”. Há, também, um aspecto financeiro, segundo lembra Pieroni: os conselheiros do CGIE, ao contrário dos Comites, não têm recursos previstos para essa viagem, enquanto os Comites têm (três reuniões por ano, sendo duas de Brasília, mais uma).