Silvia Alciati em imagem de 2015 (Foto Desiderio Peron / Arquivo Revista Insieme)

A criação de novas estratégias para uma melhor divulgação da língua e da cultura italiana e a liberação, por ‘streaming’ dos programas da Radio e Televisão Italiana – Rai para a América do Sul são duas das propostas eleitorais de Silvia Alciati, mineira, candidata a uma cadeira do Parlamento italiano nestas eleições em curso, através da chapa encabeçada por Renata Bueno dentro da coligação “Civica Popolare”.

A ex-presidente do Comites – ‘Comitato degli Italiani all’Estero’ de Belo Horizonte e atualmente um dos três conselheiros do Brasil no CGIE – ‘Consiglio Generale degli Italiani all’Estero’ diz que, embora convidada por outros partidos, optou por candidatar-se ao lado de Renata Bueno por identificar-se com a proposta de “construir uma nova realidade de comprometimento e trabalho para a comunidade italiana da América do Sul”, através do “Movimento Passione Italia”.

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Alciati disputa o voto dos eleitores italianos da América do Sul ao lado de outros 82 candidatos, que têm poucos dias para sensibilizar um eleitorado disperso em toda a América do Sul e que devem votar por correspondência já a partir do início da segunda quinzena deste mês. Somente serão considerados os votos que retornarem aos consulados até as 16 horas do dia 1 de março. Na Itália, as eleições ocorrem dia 4 de março.

Neste entrevista exclusiva ao portal da Revista Insieme, Alciati – assim como outros candidatos já entrevistados – aborda uma grande gama de de assuntos que interessam diretamente aos italo-descendentes, sejam os já com cidadania italiana reconhecida ou, também, aqueles que se encontram nas demoradas filas do reconhecimento – um dos maiores problemas da comunidade ítalo-brasileira. Ela é crítica também em relação à baixa participação da comunidade itálica nos eventos de seu interesse, mas propõe mudanças na condução das políticas do governo italiano voltadas aos italianos no exterior. Confira as ideias de Alciati na longa entrevista concedida:

Quem é Silvia Alciati?

Cidadã honorária de Belo Horizonte, pelos serviços prestados para a Comunidade Italiana, Silvia Alciati nasceu em Turim, na Italia, e veio para o Brasil ainda criança.Estudou na escola italiana de BH e é formada em Arquitetura pelo Politécnico di Torino, na Itália, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, e se especializou na área da Qualidade como Coordenadora de Sistema. Desde pequena esteve envolvida com a vida da Comunidade Italiana, pois foi seu pai, Romano Alciati, que trilhou este caminho, estando sempre próximo aos demais italianos no exterior, além de ter participado da criação do primeiro Comitê da Emigração Italiana de Minas Gerais, Goiás e Tocantins (Comites) e tornando-se, depois, integrante do recém-criado Conselho Geral dos Italianos no Exterior (CGIE).

Desde a adolescência atuou em diferentes Associações. Participou da criação da Associação dos Piemonteses e, junto com outros exponentes da comunidade, foi fundadora da Associação de Cultura Ítalo-Brasileira de Minas Gerais (Acibra-MG). Foi convidada a participar do Comites, para o qual foi eleita duas vezes e foi a presidente mais jovem durante 10 anos. Em 2015, foi eleita para o CGIE no qual integra a Comissão Continental da América Latina e é Vice-Presidente da Comissão Novas Migrações e Gerações Novas. Nunca deixou de se dedicar às atividades da coletividade italiana, sua grande paixão.

Que o motiva a candidatar-se ao Parlamento Italiano?

Após ter vivido inúmeras experiências e ocupado cargos nos diversos níveis de representatividade da comunidade italiana, acredito que este seja o desfecho natural de anos de dedicação e trabalho. Por conhecer profundamente as dificuldades enfrentadas pelos italianos no exterior surgiu em mim o desejo de defender seus direitos em outra instância, chamando a atenção do Governo para o potencial das nossas comunidades, para a valorização do ‘Made in Italy’ e para a criação de relações mais intensas com os outros países em virtude de sermos “outra Itália fora da Itália”.

Por qual razão escolhe a coligação “Civica Popolare” com Renata Bueno?

Recebi o convite para compor a chapa para as próximas eleições para o Parlamento Italiano por parte de alguns partidos. Depois de analisar todas as propostas, optei por participar, com a candidata Renata Bueno, da lista do “Movimento Passione Italia”, fundado por ela.

O seu objetivo é construir uma nova realidade de comprometimento e trabalho para a comunidade italiana da América do Sul, com o qual me identifiquei. Para participar das eleições de 2018, o Movimento se uniu, na Itália, à coligação “Civica Popolare”, legenda pela qual, então, concorro a uma vaga na Câmara dos Deputados.

Com que argumentos vai pedir a confiança dos eleitores?

Tenho um longo histórico de quem sempre trabalhou em prol da comunidade. Conheço o ‘Sistema Itália’, suas forças e fraquezas, os problemas e as expectativas dos cidadãos italianos no exterior, e desde sempre atuo em busca de melhores condições e soluções alternativas para favorecer a comunidade. Quem me conhece tem plena consciência da minha dedicação e esforço para que qualquer projeto se realize. Espero poder contar também com o apoio e a confiança de quem ainda não me conhece, colocando-me ao serviço dos eleitores para atender suas expectativas.

É um dos conselheiros brasileiros no CGIE. Se se eleger, terá que renunciar?

Sim, renunciarei. Todos os cargos que ocupei até hoje foram voluntários, enquanto no Parlamento estarei a serviço dos cidadãos, podendo assim me dedicar de forma exclusiva.

Qual sua visão sobre a comunidade italo brasileira em seus diversos aspectos (social, cultural, econômico, etc)?

Acredito no enorme potencial da comunidade italiana no exterior e, em especial, na América do Sul, devido à integração ocorrida ao longo dos anos e à profunda identificação dos italianos em seus países de residência. A importante contribuição que os italianos deram para o desenvolvimento dos países de acolhida, como o Brasil, dá para a nossa comunidade respeitabilidade e referência. Aqui estão presentes grandes empresas e relevantes investimentos que influenciam significativamente a balança comercial de ambos os países. Com certeza já vivemos momentos mais prósperos do que os últimos anos, que ressentiram fortemente a retração comercial em função das crises vividas por ambos. Mas, existem novos projetos em andamento que podem reverter este quadro. O governo italiano ainda precisa compreender e valorizar mais a “l’altra Italia fuori dall’Italia”.

Hoje, a grande maioria dos descendentes do Brasil, não participa ativamente da comunidade italiana no exterior e não sente o vínculo com a Itália. Veja, por exemplo, que somente 30% dos cidadãos exercem o seu direito de voto. Muitas vezes não sabem nem quem são os candidatos de uma eleição. Essa baixa participação reflete o quão afastado estão. Nos eventos sócios culturais que promovemos a adesão poderia ser bem maior. Embora possa trazer o exemplo da “Festa da Itália” em Belo Horizonte, evento do qual participei da sua criação e organização por muitos anos. Ela é considerada a maior festa italiana de rua fora da Itália. Alcançamos um público de 60 mil pessoas, em um único dia, em uma de suas edições. Mas em geral as pessoas precisam se envolver mais. A necessidade de se criar essa integração e o sentimento de pertencimento dependem muito das ações da própria Itália, que precisa fortalecer sua divulgação cultural e turística. E para mudar essa realidade, insisto, o Governo precisa enxergar o potencial dessas comunidades que vivem além de suas fronteiras.

Quais são nossos principais problemas a seu ver?

Entre os principais problemas posso apontar a dificuldade de ser atendido pelos Consulados, tanto para a renovação do passaporte, como para apresentar a documentação para o reconhecimento da cidadania, e a impossibilidade de ter um documento de identificação emitido fora da Itália. Também aponto outras dificuldades, a saber: a ausência de cursos de italiano acessíveis e de qualidade; a agilidade para o reconhecimento do Diploma italiano nos estados de residência e vice versa; a falta de ofertas de bolsas de estudos e de oportunidades de retorno ao país de origem; o alto custo para assistir o canal público de televisão italiano Rai que não é disponibilizado nem mesmo pela internet; a carência de oferta cultural que, ao contrário, poderia ser um estímulo para manter esse elo com o cidadão no exterior e, ao mesmo tempo, atrair um maior número de simpatizantes para a Itália.

Os investimentos são insuficientes para manter vivas as tradições italianas em terras estrangeiras. Essa atividade é desenvolvida com dificuldade pelas inúmeras Associações culturais e regionais e pelo Sistema de representação, Sistema Itália, muito articulado, mas pouco conhecido e por isso enfraquecido perante as instâncias dos Governos locais. A condição de residente no exterior também implica na aplicação da dupla taxação fiscal, caso tenha rendimentos na Itália, um imposto mais alto sobre sua propriedade em território italiano (Imu e Tasi) e a exclusão do acesso ao sistema sanitário nacional. Trata-se de uma discriminação inaceitável. A comunidade carece também de um acordo comercial mais amplo, bem como de uma política de troca de conhecimentos e tecnologias por mercadorias e, até mesmo, outros tipos de parcerias bilaterais que criem um ambiente privilegiado. Esses são apenas alguns dos mais variados problemas que afligem nossa comunidade.

Quais suas propostas de trabalho e compromissos?

Como acabei de apontar, os problemas que a comunidade italiana enfrenta na América do Sul são vários e para resolvê-los será preciso muito trabalho. Enumero aqui, resumidamente, algumas minhas propostas de trabalho.

• Fortalecer o Sistema Itália tanto na Itália como nos países da América do Sul, intensificando suas relações.

• Criar novas estratégias para uma melhor divulgação da Língua e da Cultura Italiana e a realização de acordos bilaterais entre a Itália e os países da América do Sul para o reconhecimento dos Diplomas de Estudos.

• Ampliar o alcance da informação através do canal público de Rádio e Televisão Italiano (Rai), liberando a programação por streaming na internet via Rai Play também para a América do Sul.

• Apresentar proposta de reforma para um Registro dos Italianos Residentes no Exterior – Aire mais flexível e menos discriminatório, sem ônus fiscais sobressalentes e com uma redução gradual do acesso ao sistema sanitário nacional ao longo do tempo, bem como avaliar a possibilidade de criação de um Ministério ou um Departamento das Políticas Migratórias.

• Contribuir para a melhoria dos atendimentos nos Consulados na América do Sul, garantindo financiamentos proporcionais à quantidade e a qualidade dos serviços prestados e oferecendo um atendimento on-line mais eficaz e funcional do atual sistema ‘Prenota on line’.

• Trabalhar pela reforma da lei sobre a cidadania italiana, sem empecilhos inconstitucionais para as mulheres (direito já reconhecido por jurisprudência da justiça italiana) e para os trentinos; otimizar a análise dos documentos para obtenção do seu reconhecimento e, também, conscientizar os novos italianos sobre a importância do conhecimento do idioma e da cultura do “bel paese” para poder exercer plenamente sua cidadania.

• Estimular e financiar projetos realizados pelas Associações que promovem diariamente as tradições e a italianidade, incentivando a inserção dos jovens e o surgimento de novas funções coletivas.

• Criar ou atualizar acordos bilaterais na área da assistência social para o pagamento das aposentadorias e dos subsídios para os italianos em dificuldades, com base na reciprocidade de tratamento entre os países.

• Intensificar oportunidades de divulgação e colaboração mútua nas áreas comerciais, tecnológicas, culturais, turísticas e gastronômicas, para beneficiar a qualidade das relações dos italianos no exterior e fortalecer a imagem e o Soft Power da Itália na América do Sul.

• Fomentar a retomada das negociações para a assinatura de um acordo comercial entre a União Européia e o Mercosul, criando novas oportunidades para o crescimento de um mercado que valorize o ‘Made in Italy’ na América do Sul.

Que pensa especificamente sobre as chamadas “filas da cidadania”. Não é uma ofensa repetida a todo ítalo descendente que por diversas razões, inclusive de identidade, sonha a Itália?

Os descendentes dos italianos que vieram para a América do Sul representam um legado da Itália em solo estrangeiro. Por desconhecimento ou por repressão de alguns governos, ao longo dos anos, não mantiveram seu registro atualizado nos Consulados. Porém, continuaram sendo italianos e hoje, em virtude do “ius sanguinis”, podem ser uma fonte importante para a Itália. Nos últimos 20 anos, o desejo de reapropriação de suas raízes, que surge com frequência nas terceiras gerações, e as crises vividas por alguns países da América do Sul, levaram muitos descendentes a solicitar o reconhecimento da cidadania italiana. Mas o nosso Governo Italiano não se demonstrou preparado para enfrentar esta realidade. É preciso criar as condições de aplicabilidade da lei, desburocratizar os processos e identificar possíveis otimizações para reduzir os custos e o tempo, de modo que todos os cidadãos tenham um atendimento digno.

E sobre a “taxa da cidadania”, cobrada por um direito de sangue, que pensa?

A “taxa da cidadania” foi criada objetivando gerar recursos financeiros para reduzir a longa espera para a obtenção de um direito que já é inato. Nos últimos anos foram feitas também outras iniciativas para tentar sanar este problema, que hoje já se tornou crônico. Mas, anteriormente, uma gestão pouco estruturada não permitiu alcançar os objetivos esperados. Digo isto, pois, acredito que será necessário vigiar sobre os recursos de retorno desta taxa que deverão chegar aos Consulados nos próximos meses, para que sejam contratados funcionários locais para este fim e para que não sejam novamente utilizados para resolver todo tipo de outros problemas sem dar a devida prioridade à cidadania. Todos esperam que as longas filas sejam eliminadas em alguns anos e que o reconhecimento da cidadania possa voltar a ser um direito natural e imediato de todos os descendentes.

Para quem já é cidadão italiano reconhecido, agora a Itália oferece a “simpatia” das filas para o passaporte. Que diz disso?

As filas dos passaportes proliferaram por diversos fatores. O principal é estrutural: os Consulados não têm recursos tecnológicos (leitor biométrico e impressora especial) e humanos suficientes para suportar a demanda que vem crescendo em função das novas cidadanias adquiridas pelos descendentes.

Ao obter [o reconhecimento da] cidadania, a maioria acaba solicitando o passaporte, por diferentes necessidades. Muitos desejam ter um documento físico e concreto que comprove seu real pertencimento à Itália, não existindo no exterior nenhum outro documento com este teor. Cria-se assim uma demanda, muitas vezes, desnecessária.

O outro grande problema é causado pelo uso de um sistema informatizado de agendamento que é estruturalmente personalizável por cada Consulado que decide adotá-lo, que é o ‘prenota on line’. Este sistema apresenta falhas que estão permitindo a “venda de vagas” por parte de terceiros e, muitas vezes, é configurado de maneira imprópria e inadequada por muitas sedes, o que acaba dificultando ainda mais o usuário.

Em Roma tive oportunidade de conversar no ‘Ministero Degli Affari Esteri’ sobre essa realidade, diretamente, com o setor responsável. Eles estão cientes e introduzem constantemente novos elementos para tentar desafogar o sistema. Porém, existem obstáculos humanos por trás, devido à carência de funcionários para realizar fisicamente os atendimentos. Disponibilizando poucas vagas e tendo uma grande procura, o gargalo aumenta. O alto número de acessos simultâneos no horário de disponibilização das poucas vagas torna o sistema mais lento e apenas o usuário que dispõe de uma conexão rápida consegue o acesso. É preciso então, que todas as sedes aprendam a calibrar melhor suas configurações para aliviar e desafogar o sistema; por exemplo, aumentando a janela de vagas disponíveis e diluindo assim a demanda no tempo. Existem Sedes que trabalham com agendamentos para duas semanas e outras para dois meses. Cada um configura isso da forma que considera mais adequada para sua organização interna do trabalho.

Intensificar iniciativas como as missões do funcionário itinerante do setor de passaportes até as Agências Consulares Honorárias também poderia ajudar, evitando o deslocamento do cidadão até o Consulado, sem precisar do sistema de agendamento, otimizando assim o serviço prestado. É preciso ficar atento, porém, para que esta prática não permita o surgimento de uma nova modalidade de “venda de vagas” como no ‘prenota on line’. E falando em Agências Consulares Honorárias, abro um parêntese para salientar a urgência de uma redefinição de suas funções, que hoje não são valorizadas, mas que poderiam contribuir muito para diminuir os atendimentos diretos nos Consulados.

Entende que um parlamentar poderia influir positivamente inclusive na nomeação de cônsules e embaixadores mais sensíveis a nossos problemas?

O Ministério das Relações Exteriores tem seus critérios internos bem definidos para a nomeação de um cônsul para assumir uma sede no exterior. Todavia os parlamentares eleitos no exterior, com conhecimento de causa, podem sinalizar às autoridades competentes as necessidades de uma determinada sede, com o intuito apenas de acrescentar elementos pontuais para melhor definir o cenário local.

Números atestam que a alegada deficiência da estrutura consular na América Latina não decorre da falta de dinheiro. Os consulados se auto financiam e sobra dinheiro. Onde está a falha?

Os Consulados na América do Sul realizam um número elevado de atendimentos, prestando serviços remunerados que os permitiriam serem autossustentáveis. Porém, a lei prevê que todo o dinheiro por eles arrecadado seja enviado para os cofres públicos em Roma. Hoje, os consulados recebem uma verba definida em função do número de cidadãos inscritos no Aire, de sua importância no âmbito econômico e comercial, e de sua área geográfica de cobertura. Acredito que, ao contrário, deveriam receber um financiamento proporcional ao volume de serviços prestados, além de um bônus baseado em avaliações de indicadores qualitativos internos e outros, preenchidos pelos cidadãos estimulando um atendimento de excelência em termo de números e de prazos.

Afirma-se que na área cultural e da difusão da língua italiana também andamos de ré nos últimos anos. Concorda com isso?

Desde o começo da crise financeira enfrentada pela Itália, em 2008, o Governo teve que realizar cortes indiscriminados em muitos setores e os italianos no exterior foram seriamente afetados. Consequentemente, o investimento na divulgação da cultura e da língua italiana além das fronteiras ficou para um segundo plano. Nem mesmo as Regiões que dispunham de verbas próprias para essa finalidade e incentivavam iniciativas culturais e a favor da difusão da língua italiana mantiveram essas atividades. Porém, nos últimos meses, houve uma nova conscientização neste sentido e alguns movimentos, ainda que tímidos, já são percebidos. Por exemplo, voltaram a realizar o encontro anual “Stati Generali della lingua italiana nel mondo” justamente para reavaliar a situação geral e traçar novas estratégias de promoção da mesma daqui até 2020. Chama-se “Movimento Vivere all’Italiana” do Ministério das Relações Exteriores, que está resumido na edição “Strategia per la Promozione all’Estero della Formazione Superiore Italiana”. Acredito que a Itália ainda possa aproveitar seu ‘Soft Power’ para voltar a ocupar uma posição de referência no mundo entre países que, indiretamente, mais influenciam o estilo de vida ocidental, voltando a investir nos aspectos humano, social, cultural e comercial que caracterizam o espírito italiano no mundo.