“Buscar constante a paz”. Esta é a vocação da República Italiana que festeja neste 2 de junho seu 72º aniversário, segundo mensagem do presidente Sergio Mattarella, transmitida hoje durante concerto em honra ao Corpo Diplomático creditado junto ao Estado Italiano, no Palácio Quirinal.
O evento aconteceu logo após a cerimônia de juramento dos integrantes do novo governo formado quase três meses após as eleições de 4 de março e que tem como primeiro ministro o advogado Giuseppe Conte. Tomaram posse 18 ministros, cinco dos quais mulheres, indicados pelas forças políticas vencedoras nas urnas, mas isoladamente sem maioria para governar, depois da assinatura de um contrato.
A festa de 2 de junho lembra o nascimento da República Italiana, disse Mattarella, ao saudar as autoridades de todos os países com representação diplomática na Península e, ao mesmo tempo, agradecer ao governo que sai e aquele entrante. O concerto foi realizado pela Orquestra Santa Cecília, sob a regência de Antonio Pappano.
Durante o mês de junho, a Festa da República será replicada em todas as jurisdições consulares italianas do Brasil: hoje acontece no Rio de Janeiro e no Recife; amanhã em São Paulo; dia 4 em Porto Alegre; em Curitiba, no próximo dia 15.
“A contínua busca de colaboração caracteria as relações da Itália com todos os países do Mundo” – disse Mattarela, afirmando que “somente juntos podemos enfrentar os desafios mais globais que o contexto internacional nos apresenta”.
Segundo Mattarela, “as chaves da paz e do bem estar estão representadas pela colaboração, pela recíproca compreensão e pela progressiva diminuição das barreiras entre os povos, pelo ato de evitar conflitos de qualquer tipo, pelo desenvolvimento comum”. “Esta é, de reto – acrescentou – a experiência apresentada pela integração da Europa, dentro da qual a Itália pretende desenvolver um papel sempre mais positivo e protagonista”.
Para o presidente Mattarella, tanto na comunidade internacional quanto dentro de cada país “é necessário fugir de palavras de hostilidade e de contraposição” e “escutar e fazer próprias as palavras de concórdia”.
O presidente da República italiana não deixou de se referir a fatos históricos e também aos últimos acontecimentos políticos internos ao citar que, ao longo desses 70 anos de República ocorreram tensões, mas que o conjunto de instituições italianas permitiu enfrentá-las “sem hesitação, problemas e desafios”. Mesmo o confronto político “às vezes áspero”, disse Mattarella, acabou sempre por se traduzir na busca de “perspectiva de desenvolvimento mais seguras e fortes” para o País.