TENTOU SAIR PELO PD E PELO SEL; REJEITADA, FOI BATER ÀS PORTAS DA USEI DE SANGREGORIO, EX-COORDENADOR DO PDL DE SILVIO BERLUSCONI NA ARGENTINA

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CURITIBA – PR – “Temos a convicção de que a candidata Renata Bueno, embora sem chances de ser eleita, poderá contribuir para tirar votos dos candidatos do Partido Democrático”, afirma o coordenador do PD no Brasil, Andrea Lanzi, em carta dirigida à à Executiva Nacional do PPS – Partido Popular Socialista ao qual ela é filiada no Brasil. No documento endereçado ao presidente da agremiação política brasileira, deputado Roberto Freire, Lanzi critica duramente a candidata que concorre à Câmara dos Deputados na Itália pela Circunscrição Exterior na chapa do ítalo-argentino Eugênio Sangregório – “notoriamente ligado à exploração de cassinos e diversos jogos de azar” – denominada Usei – Unione Sudamericana degli Emigranti.

“A ex-vereadora por Curitiba pediu para ser candidata do nosso partido” mas “nós não aceitamos o pedido dela uma vez que ela não tinha, ainda, a maturidade necessária e o perfil adequado”, assegura Lanzi na correspondência a que a redação da revista Insieme teve acesso na tarde de hoje.

O coordenador do PD no Brasil conta que a candidata, não encontrando espaço, filiou-se ao partido italiano SEL – Sinistra, Ecologia e Libertà – de Niki Vendola, que também lhe negou oportunidade de concorrer nas iminentes (24 e 25 de fevereiro) eleições italianas que, na Circunscrição Eleitoral do Exterior, permitem também o voto por correspondência para a escolha de 12 deputados e seis senadores (dos quais 4 deputados e dois senadores na América do Sul).

Lanzi contesta afirmações atribuídas a Renata Bueno, segundo as quais, se eleita, vai coligar-se com o PD. Isso “não faz o menor sentido”, escreve Andrea Lanzi: “O Partido Democrático precisa da ajuda do PPS agora, antes das eleições, neste momento crucial, e não depois das eleições”.

Abaixo transcrevemos, na íntegra, a carta atribuída a Lanzi cujas cópias, na tarde dessa sexta-feira, foram endereçadas a diversas pessoas e liderenças da comunidade ítalo-brasileira. O documento contém texto em italiano atribuído ao ítalo-argentino

Mariano Gazzola, conselheiro do CGIE – Consiglio Generale degli Italiani all’Estero.

“À Executiva Nacional do PPS

Prezado companheiro Roberto Freire, prezados companheiros do PPS:

A ex-vereadora por Curitiba, Renata Bueno, depois de alguns anos de filiação ao Partido Democrático – e após não conseguir sua reeleição como vereadora na capital paranaense, diga-se de passagem – pediu para ser candidata do nosso partido nas eleições italianas de fevereiro 2013.

Nós não aceitamos o pedido dela uma vez que ela não tinha, ainda, a maturidade necessária e o perfil adequado para concorrer em uma eleição tão complexa como esta, na qual a circunscrição eleitoral engloba toda a América Meridional. Isso significa dizer que somente a Argentina tem um número de eleitores equivalente a quase o dobro daquele do Brasil, ou seja, 600 mil pessoas. Além disso, a candidatura da Renata Bueno foi considerada inviável também porque ela sequer conseguiu se reeleger vereadora pelo PPS em Curitiba, onde, aliás, o PPS teve um bom desempenho eleitoral.

Depois dessa nossa decisão política, a Renata Bueno se filiou ao Partido Sinistra, Ecologia e Libertà, que, por seu turno, decidiu não oferecer a ela uma vaga na chapa eleitoral. Acontece que, no momento, Renata Bueno se apresenta como candidata numa chapa (Usei) encabeçada por um senhor de nome Eugenio Sangregorio[1, notoriamente ligado à exploração de cassinos e diversos jogos de azar. Mais: Sangregorio era também, até poucos meses atrás, o coordenador do Partido da Liberdade de Silvio Berlusconi na Argentina.

A declaração da Executiva do PPS de que a Renata Bueno, se eleita, se coligará ao Partido Democrático não faz o menor sentido. Queremos dizer com isso que o Partido Democrático precisa da ajuda do PPS agora, antes das eleições, neste momento tão crucial – e não depois das eleições.

Nesse sentido, reiteramos que os nossos candidatos são Fabio Porta e Claudia Antonini para a Câmara dos Deputados e Fausto Longo para o Senado. Temos a convicção de que a candidata Renata Bueno, embora sem chances de ser eleita, poderá contribuir para tirar votos dos candidatos do Partido Democrático.

Andrea Lanzi, Coordenador Partito Democrático Brasil”

[1] Mariano Gazzola* – Eugenio Sangregorio, l’imprenditore del gioco detto il Kamasutra italo-argentino per via delle sue tante posizione politiche, questa volta – in un’intervista aItalia chiama Italia – supera se stesso con una piroetta di alta acrobazia dichiarando di trovarsi addirittura in sintonia con Grillo.
Forse vuole proporsi al movimento dei grillino come il nuovo che avanza. Sì, è un avanzo di diversi partiti, un po’ difficile da riciclare.
Il buon Sangregorio non sa ancora bene con quale lista gli sarà dato candidarsi anche questa volta alla solita trombatura. Ha capito però che non sarà il MAIE ad ospitarlo ed allora si scatena contro il Movimento Associativo Italiani all’Estero.
Dice che la grandiosa manifestazione di Buenos Aires è stata in realtà un completo fallimento. Forse lo ha sognato dopo una bella bevuta oppure ha visto un altro film oppure gli hanno raccontato male la storia. Come farebbe altrimenti ad affermare che c’erano poche persone quando i 2.000 posti del Teatro Porteño erano tutti occupati e fuori c’era gente che non riusciva ad entrare?
Fa sorridere la sua affermazione che si è trattato di un atto politico. Ma va? Chissà per quale contorto percorso mentale il nostro ritiene strano che un movimento politico faccia atti politici. E che li faccia con il legale e legitimo finanziamento pubblico ai partiti. Quello che il MAIE ha preso nei 5 anni dal 2008 al 2012 in base ai voti ottenuti. E che vanno appunto usati per attività politica.
A questo punto la domanda sorge spontanea: come avrà speso Sangregorio i soldi del finanziamento pubblico, in base ai voti presi dall’USEI, nei 5 anni dal 2006 al 2010 visto che ritiene stravagante usarli per atti politici? Li avrà mica giocati al bingo?
* Consigliere CGIE