A derrota dos candidatos apoiados diretamente pelo PD – Partito Democratico foi a maior novidade no resultado da ‘Assemblea Paese’ que escolheu sábado, dia 9, em Brasília, os quatro representantes do Brasil no CGIE – ‘Consiglio Generale degli Italiani all’Estero’. Renato Sartori, ex-presidente do Comites – ‘Comitato degli Italiani all’Estero’ de São Paulo, somou 53 preferências, contra as 99 preferências obtidas pela advogada Stephania Puton; 74 pelo sociólogo Daniel Taddone; 72 pelo Advogado Walter Petruzziello; e 63 preferências pela arquiteta Silvia Alciati, que alcançou assim sua reeleição.

Duas outras candidaturas na área de influência do PD eram Andrea Lanzi, que somou 33 votos, e Cilmar Cesconetto Franceschetto (entretanto ele, que se inscreveu à última hora, informa sua total independência), obtendo 22 preferências. Os “independentes” Pasquale Perrini e Ana Maria Cani de Almeida obtiveram, respectivamente, 22 e 15 votos. O PD também não obteve nenhuma vaga no novo CGIE pela Argentina e pelo Uruguai onde o Maie – ‘Movimento Associativo Italiani all’Estero’ cantou vitória como um “tsunami”.

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A imprensa, ao contrário das duas eleições anteriores, foi impedida de realizar a cobertura da Assembleia eleitoral, embora a grande maioria dos eleitores tenha se manifestado favoravelmente, em contraste com as ordens da Embaixada.

No vídeo que acompanha esta matéria, explicamos:

“Aqui vai acontecer a assembléia nacional dos italianos no Brasil, para a eleição dos representantes da maior comunidade itálica do mundo no seio do CGIE. Estamos em Brasília e quem comanda o espetáculo é a Embaixada da Itália, que tudo financia.

Hora do credenciamento dos eleitores – conselheiros dos Comites e representantes de algumas associações escolhidas também pela Embaixada, vindos das sete circunscrições consulares que funcionam no imenso Brasil. Mas… você não verá nada do que vai acontecer aqui dentro. É proibido. Aliás, a Imprensa foi proibida de lhe mostrar como foram apresentados, o que disseram e como foram escolhidos os seus representantes”.

Petruzziello e Taddone são coordenadores do Maie no Brasil, embora tenham participado do processo eleitoral do CGIE como integrantes de ‘Italianità in Movimento’, criado já na fase do processo eleitoral dos Comites, no ano passado.

Em nota distribuída na manhã de hoje, o porta-voz do senador Ricardo Merlo, Ricky Filosa, expressava a “grande satisfação” do presidente do Maie. “Depois da grande vitória nos Comites, agora conquistamos quase todos os lugares do CGIE” e “vamos em direção às eleições de 2023 no melhor dos modos, preparando-nos para vencer também aquelas”, consta da nota. Pelo Brasil, o candidato ao Parlamento já definido pelo Maie nas próximas eleições é o advogado Luis Molossi, que não participou como candidato dessas eleições do CGIE.

A advogada Stephania Puton, do Rio Grande do Sul, e a arquiteta Silvia Alciati, de Minas Gerais, segundo a nota do Maie, são consideradas “independentes”, isto é, não vinculadas a nenhuma das tendências partidárias formadas no Brasil.

Em todo o mundo, os candidatos eleitos para o novo CGIE já são conhecidos: são 10 mulheres dentre 43 conselheiros, segundo divulgou a agência noticiosa Aise. Desses, 19 foram reeleitos, enquanto entre os considerados “novos” também existem alguns que já tinham exercido a função anteriormente, como o curitibano Walter Petruzziello (17 anos ao longo de dois mandatos irregulares). O período da gestão regular é de cinco anos. Aos eleitos, serão acrescentados outros 20 conselheiros nomeados pelo governo.

Segundo a agência Aise, os conselheiros eleitos no final da semana que passou são os seguintes:

EUROPA

La Svizzera in questa consiliatura ha eletto 5 consiglieri (erano 6 nella precedente): confermati Michele Schiavone, Roger Nesti e Giuseppe Rauseo, debuttano in Consiglio Barbara Sorce e Toni Ricciardi.

Anche la Germania perde un consigliere, passando da 7 a 6 eletti la maggior parte al debutto: a parte il ritorno in Consiglio di Tommaso Conte, sono stati eletti Marilena Rossi, Giuseppe Scigliano, Gianluca Errico, Giulio Tallarico e Silvestro Gurrieri.

Il Belgio è passato da tre a due consiglieri: oltre alla confermata Eleonora Medda ritorna nel Cgie Massimo Romagnoli.

Quattro i consiglieri della Francia: la confermata Maria Chiara Prodi e i neo eletti Massimiliano Picciani, Salvatore Tabone e Nicola Carmignani.

Salgono a due i consiglieri per la Spagna: al riconfermato Giuseppe Stabile si aggiunge Pietro Mariani.

Diventano tre i membri eletti nel Regno Unito: confermato Luigi Billè, entrano in Consiglio anche Giannino D’Angelo ed Elena Remigi.

L’Olanda ha eletto Monica Spadafora, mentre l’Austria debutta in Consiglio generale con Lidia Campanale.

ANGLOFONI EXTRA UE

Tutti confermati i consiglieri dell’area anglofona extra Ue: a rappresentare gli Usa saranno ancora Silvana Mangione e Vincenzo Arcobelli; Rocco Di Trolio il Canada e Papandrea Francesco l’Australia.

SUD AMERICA

L’Argentina ha eletto 7 consiglieri, tutti uomini: anche qui molte conferme (5) e due nuovi eletti: Francisco Fiala e Antonio Morello si aggiungono ai veterani Mariano Gazzola, Marcelo Romanello, Gerardo Pinto, Rodolfo Borghese e Juan Carlos Paglialunga.

In Brasile confermata Silvia Alciati, torna Walter Petruzziello, mentre i nuovi eletti sono Daniel Taddone e Stefania Puton.

A rappresentare l’Uruguay sarà Aldo La Morte, il Venezuela Antonio Iachini. Confermato per il Cile Nello Gargiulo.

NOTA DE ATUALIZAÇÃO: A pedido do candidato Cilmar Franceschetto, modificamos em 14/04 o início do segundo parágrafo da nota que dizia: “Os dois outros candidatos com o apoio do PD eram Andrea Lanzi, que somou 33 votos, e Cilmar Cesconetto Franceschetto, que obteve 22 preferências.”. Antes de surgir o nome de Franceschetto, a informação passada a Insieme dava conta de que o “terceiro” nome do Espírito Santo (em função de dissidências internas foram três as candidaturas da circunscrição do Rio de Janeiro: Lanzi, Ana Maria Cani e Franceschetto) seria o do sociólogo italiano Franco Patrignani, coordenador nacional do ‘patronato’ Inas-Cisl. Ele, entretanto, desistiu da candidatura por motivos não explicitados, surgindo então o nome de Franceschetto à última hora. Hoje, o ex-candidato escreveu: “Com relação à matéria que cita meu nome como indicado do PD. Como afirmei em minha entrevista e também deixei claro no discurso (infelizmente sem áudio) eu me coloquei como candidato independente (grifo original). Não participei de qualquer reunião do partido para escolha dos nomes”. Diego Mezzoggiorno foi um dos articuladores da terceira candidatura do RJ/ES.