(Foto: Carlo e Amanda Peron)
ROMA – ITALIA – Mais de 600 jovens da Itália e dos cinco continentes participam da “Conferenza Mondiale dei Giovani Italiani all’Estero”, solenemente aberta ontem (dia 10.12.2008) na sede da FAO, centro da capital italiana. O encontro em busca de “uma esperança de continuidade” no diálogo entre a Itália e as comunidades italianas esparramadas pelo mundo, segundo definiu Elio Carozza,  secretário geral do CGIE – Conselho Geral dos Italianos no Exterior (proponente do evento), conta com uma delegação ítalo-brasileira de 40 participantes e se prolongará até amanhã.
Além dos pronunciamentos formais constantes na programação, o evento, que na abertura foi prestigiado pelo presidente Giorgio Naolitano e pelas principais autoridades italianas, além de quase 40 embaixadores acreditados perante o Quirinal, está sendo usado como palco para protestos contra os cortes orçamentários que diminuiram drasticamente os recursos destinados à difusão da língua e da cultura italiana no exterior, assim como a assistência social a idosos residentes fora da Itália. “Fratelli di Tagli”, lia-se, diante do Parlamento, num manifesto que era segurado pelo conselheiro do CGIE Claudio Pieroni, de São Paulo, ao lado do deputado Fabio Porta, também do Brasil, eleito pela Circunscrição Exterior para a área da América do Sul. A própria Conferência dos Jovens, aprovada na legislatura anterior, teve, com o atual governo, parte dos recursos cortados em função do aperto geral de cintos na economia italiana.
No total, compareceram 413 jovens dos cinco continentes (181 de países europeus, 154  da América Latina, 46 da América do Norte, 22 da Ásia e Oceania e 10 da África), que se uniram a  a outros 181 jovens da própria Itália (35 indicados pelas Regiões, 18 como representantes dos estudantes a cargo do Ministério da Educação, 28 como representantes de partidos políticos com representação no Parlamento, 24 da “Consulta Nazionale dell’Emigrazione”, 36 dos sindicatos, 20  indicados pela Confindustria e 20 indicados pelo Ministério da Juventude). Ainda segundo Carozza, capitaneando os protestos, os italianos no exterior são cidadãos com todos os direitos e princípios fundamentais ditados pela Constituição italiana e reconhecidos pela República Italiana, entre eles o direito ao aprendizado da língua e da cultura peninsular. Antes da abertura oficial da conferência, a delegação do Brasil  foi recebida na Embaixada Brasileira em Roma.
O MINISTÉRIO DE VOLTA – Logo após a abertura da Conferência, o ex-ministro Mirko Tremaglia distribuia nota dizendo-se comovido com os aplausos que lhe dirigiram os jovens reunidos em Roma. Tremaglia foi o primeiro e único a ocupar o Ministério para os Italianos no Mundo, fechado pelo governo de Prodi. “Diante das grandes perspectivas políticas”, Tremaglia disse que o governo de Berlusconi “deve reabrir o Ministério para os Italianos no Mundo”.

PATROCINANDO SUA LEITURA