u CURITIBA – PR – Está decidido: os eleitores italianos vão às urnas dias 13 e 14 de abril próximo para a escolha de seus representantes no Senado e na Câmara dos Deputados. A data da convocação foi decidida depois de um dramático esforço do presidente Giorgio Napolitano nos últimos tempos para, primeiro verificar a possibilidade de uma maioria de sustentação do presidente do Conselho de Ministros, Romano Prodi, por último verificar a possibilidade de instalação de um governo técnico ou de transição, com a incumbência específica de promover mudanças na legislação eleitoral. Malogradas as duas tentativas, o Parlamento foi dissolvido, conforme prevê a Constituição Italiana e imediatamente convocadas novas eleições.

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Em conseqüência, também votarão os eleitores da Circunscrição Exterior, para eleger ou reeleger 12 deputados e 6 senadores, proporcionalmente ao número de eleitores em cada uma das cinco áreas eleitorais, como ocorreu há cerca de 20 meses pela primeira vez. Na área da América do Sul os eleitores regularmente inscritos elegerão, de novo, três deputados e dois senadores, já que as alterações no quadro eleitoral não chegaram a ser significativas. Em 2006 foram eleitos deputados os argentinos Ricardo Merlo e Giuseppe Angeli e a venezuelana Marisa Antonietta Baffile; para o Senado, Luigi Pallaro, da Argentina, e Edoardo Pollastri, do Brasil, embora num primeiro tempo tenha sido proclamada eleita Mirella Giai, também Argentina.

Devido à proximidade das eleições, é certo que terá início também imediatamente a campanha eleitoral, com as articulações para a definição de candidatos já em curso. A Argentina sozinha detém cerca da metade dos eleitores inscritos na América do Sul, vindo em segundo lugar o Brasil que, entretanto, não elegeu nenhum deputado na última eleição, dividido que ficou entre múltiplas tendências e candidaturas individuais. Segundo algumas opiniões, a comunidade taliana no Brasil teria condições de eleger, sozinha, pelo menos um deputado e um senador. Mas devido a divisões e personalismos, corre até o risco de ficar sem representação no novo oParlamento, segundo outras opiniões.

As novas eleições na Circunscrição Exterior deverão ser alguns dias antes das eleições na Itália, mas a data e outros detalhes não foram divulgados. Os consulados aguardam inscrições dos Ministérios do Interior e das Relações Exteriores, como ocorreu na eleição passada. O processo, entretanto, sabe-se que será praticamente o mesmo, com o envio de correspondência timbrada à residência de cada eleitor, que tem um prazo para devolvê-la através dos correios. Definidas as candidaturas, também os candidatos passarão a procurar os eleitores para conquistar simpatia e voto. Provavelmente os eleitos da vez passada realizarão extensos relatórios de suas atividades durante os cerca de 20 meses em que realizaram a primeira experiência na história italiana de representar no Parlamento a grande comunidade italiana esparsa pelo mundo.