Ayrton Senna aos três anos de idade. (Foto Instituto Ayrton Senna)

“Quarta-feira, 1º de maio, a partir das 13h30, no Autódromo “Enzo e Dino Ferrari” em Ímola, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional, Antonio Tajani, participará das Comemorações pelo trigésimo ano da morte do campeão de Fórmula Um, Ayrton Senna, juntamente com o Ministro das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil, Mauro Vieira, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Áustria, Alexander Schallenberg”.

A matéria distribuída por uma das agências italianas remuneradas com dinheiro público italiano para informar as comunidades no exterior não faz sequer menção às origens italianas do campeão ítalo-brasileiro, situado dentre os mais celebrados na história do automobilismo internacional.

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No entanto, as origens maternas de Senna são todas italianas, como descobriu (a revista Insieme publicou o estudo completo em seu número 248) o genealogista Daniel Taddone, chefiando uma equipe da qual fizeram parte também Isis Laguardia, Anna Buzolin, Lucas R. Guimarães Brito e Danilo Villani.

“A mãe de Ayrton Senna, dona Neyde Joanna Senna, 84 anos, nasceu em 1º. de dezembro de 1935 no bairro paulistano do Bom Retiro. Dona Neyde é uma ítalo-brasileira “puro-sangue”. Seus quatro avós nasceram na Itália, os maternos são ambos toscanos da província de Lucca, enquanto os paternos são ambos meridionali, o avô da província de Nápoles (Campânia) e a avó da província de Agrigento (Sicília)”, escreveu então Taddone.

Na mesma edição escreveu sobre o mesmo tema (“A chegada e o percurso dos bisavós de Ayrton Senna no Espírito Santo”) o diretor geral do Arquivo Público do ES, Cilmar Franceschetto, com farta documentação sobre as origens do piloto.

Em novembro do ano passado, a mãe de Ayrton, Neyde Senna, recebia das mãos do embaixador da Itália em Portugal o seu “primeiro passaporte italiano”, depois de, juntamente com o irmão do piloto, Leonardo, terem obtido o reconhecimento da cidadania italiana iure sanguinis de forma presencial, na Itália. Ambos se basearam na pesquisa de Taddone e sua equipe.

Clique na imagem para aumentá-la. (Arte Desiderio Peron / Insieme)

A nota da Agência italiana explica que “a cerimônia institucional de Lembrança começará às 13h30 com os discursos do Prefeito de Imola, Marco Panieri, do Ministro Tajani, do Ministro Vieira, do Ministro Schallenberg e do CEO da Fórmula Um, Stefano Domenicali. O programa da cerimônia inclui às 14h17 um minuto de silêncio e a colocação de flores na Curva Tamburello e, em seguida, uma adicional colocação de flores na Curva Villeneuve em memória de Roland Ratzenberger.

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