O empresário italiano Tomaso Panero e a proposta de ajuda da Itália no combate à pandemia. (Foto cedida)

“Acho que o Brasil vai precisar de um monte de ventiladores para tentar salvar vidas. A Itália, com a sua tecnologia também no setor médico, pode ajudar”, raciocina o empresário italiano Tomaso Panero, que vive no Piemonte, perto de Turim, mas tem empresa em Itú, no interior paulista. Além de estar participando ativamente de um programa de ajuda a vítimas do vírus covid-19 naquela cidade, com a doação de recursos para a aquisição de monitores cardiorrespiratórios e outros equipamentos de segurança para o Hospital Municipal de Campanha, Tomaso está empenhado na possibilidade de abrir uma frente de negociações entre a Itália e o Brasil no campo do combate à pandemia.

Ele tem diversas ideias a respeito de como a Itália poderia colaborar com o Brasil. Uma delas – agora que a emergência na Itália deu sinais de baixa – seria a possibilidade de produção de equipamentos para envio imediato ao Brasil e, mesmo, a reutilização de equipamentos usados na Itália no combate à pandemia. “Acho que isto poderia ser estudado à luz dos regulamentos vigentes nos dois países”, diz ele.

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Seria possível inclusive, também segundo o empresário, um programa de colaboração de médicos italianos, aproveitando “a experiência que eles ganharam no desafio que enfrentaram na Itália para salvar vidas”. Neste exato momento – diz ele – “estão todos muito cansados depois de terem enfrentado a pior batalha. Mas depois de um periodo alguns deles poderiam vir ao Brasil”.

Tomaso procurou Insieme para explicar que está entrando em contato com diversas autoridades brasileiras para oferecer os serviços da Siare Engineering, produtora de ventiladores. “A emergência na Itália baixou e ela teria capacidade de atender rapidamente pedidos do Brasil e de outros países”, explica ele, “Me parece – aduz – que neste momento faltam equipamentos como válvulas Peep e filtros Hepa no Brasil”, e a “Itália tem muita produção de material médico no distrito de Mirandola (“Distretto Biomedicale di Mirandola” – NR). A Itália poderia doar estes materiais, já que agora está precisando menos”.

Segundo o empresário, ele já tentou, sem resultato, contatos diversos, inclusive com parlamentares e ex-parlamentares e acha que a intervenção da Embaixada da Itália no Brasil e dos consulados italianos “poderia ajudar” na tarefa da “abertura de uma janela de produção” por parte da empresa italiana que exporta para todo o mundo, exceto Estados Unidos e Brasil. Tomaso pode ser encontrado em sua empresa (a Agrozootec) no Brasil, ou na Itália (Cryofarm S.R.L), através do e-mail mercosulit@yahoo.it