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Os tempos de espera para o reconhecimento da cidadania italiana ‘iure sanguinis’ no Brasil “são uma vergonha planetária” declarou o deputado Luis Roberto Lorenzato (Lega), em nota transmitida pela agência italiana Aise no final da tarde de hoje, ao comentar o episódio de Crescentino. Naquela cidade italiana da região do Piemonte, a polícia prendeu quatro pessoas e denunciou outras 76 por envolvimento num processo que apura atos de corrupção ligado ao reconhecimento da cidadania italiana. Dois são brasileiros da cidade de Criciúma-SC, com empresa sediada em Criciúma e em Verona.
Ele afirma que o episódio diz muito “sobre os 13 anos de espera” nas filas diante dos consulados italianos no Brasil. “Nem mesmo na Argentina e na Venezuela, países já atormentados por problemas gravíssimos” ocorrem esperas tão longas – disse o parlamentar ítalo-brasileiro eleito na América do Sul ao Parlamento Italiano. E se pergunta: “Por que no Brasil? Será que, por trás desses tempos bíblicos existem outras lógicas completamente alheias à odiosa burocracia?”.
Lorenzato, que é integrante da Comissão de Negócios Exteriores e Comunitários, citando o velho axioma de “criar dificuldades para vender facilidades”, lembra que há já algum tempo apresentou interrogação parlamentar ao ministro Luigi Di Maio sobre as “bíblicas demoras” dos consulados na questão do reconhecimento da Cidadania, até agora sem resposta. “Já há meses colocamos dúvidas sobre o assunto mas, evidentemente, elas ficaram nas gavetas da Farnesina”, conclui.
