Como num domingo de sol após a tempestade, o Centro Cultural Dante Alighieri de Curitiba abriu suas portas no Dantedì, sexta-feira, 25 de março – o dia de Dante. Compareceram associados e público, deixando para trás a pandemia e o medo do reencontro, já quase sem máscaras. Foi uma bonita festa onde não faltaram, além de atrações on-line, um pouco de piano, um pouco de poesia baseada na obra do ‘Sommo Poeta’, um pouco de canto lírico, e também um pouco de dança, com a exibição do grupo Isola del Sole, de tradições sicilianas.

A festa cultural – uma das poucas do gênero registradas no país no Dia Nacional de Dante Alighieri – foi das 19 às 22 horas, no salão de eventos da entidade, com serviço de cozinha. Na verdade, não foi o primeiro evento aberto ao público (antes já tinha acontecido uma mostra de cinema), mas foi o primeiro a oferecer múltiplas atrações desde o início da pandemia da Covid, há dois anos.

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O Centro Cultural, presidido por Deivis Calamucci e sua jovem equipe, maioria mulheres, quer retomar o discurso que a Covid postergou: renovar, movimentar e aumentar o quadro de sócios com a oferta de uma programação variada e ao gosto popular, sem abrir mão da tradição cultural e da língua italiana – sua finalidade maior. Quem passa pelo centro nas tardes de Curitiba é convidado a tomar um café especial no Dante. E, é claro, descobrir o italiano que está dentro de cada um. Como diz o ator Carlos Daitschman: “um pouco de ideal/ um pouco de polenta/ e o espírito e a carne/ se sustenta”.

As peças de canto lírico foram interpretadas pelo tenor Alexandre Mousquer, do Coral Ottava Bassa e integrante da Camerata Antiqua de Curitiba,