Discrepâncias chamam atenção nos dados que reportam os trabalhos do mutirão da cidadania italiana no Brasil

DIFERENÇA NOS NÚMERO DE PROCESSOS ENGAVETADOS NO INÍCIO DA TASK FORCE É SUPERIOR A 150 MIL

CURITIBA – PR – Qual era, na verdade, o verdadeiro número de processos dos que requeriam o reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue engavetados nos consulados da Itália que funcionam Brasil na data do início da “task force”, em 2009? A tabela que publicamos ontem (13.09.2012) contendo o quadro geral das chamadas “filas da cidadania italiana” informa que eram exatos 297.064. Esse número, entretanto, em tabelas anteriomente divulgadas pela Embaixada e pelo Mae – Ministero degli Affari Esteri, era outro. O documento que dava a posição da “task force” em 31 de março do ano passado, falava em 245.594; um ano antes, esse número figurava nas tabelas como sendo 145.704 – uma diferença de exatos 151.360, maior que o próprio numero que deu partida ao mutirão, conforme se divulgou na época.

Diante da situação atual, que continua dramática em termos de espera, que chega a sete anos, e também em termos de quantidade de requerentes no aguardo da análise de seus pedidos, que somavam 244.330 no final de junho último, essa discrepância de números poderia não ter importância alguma. Entretanto, além de passar uma idéia de que algo muito sério deve ter acontecido no levantamento estatístico do trabalho da ‘task force’, o fato, se não for devidamente esclarecido, pode colocar suspeita sobre outros resultados apresentados, sempre, sem muita clareza à comunidade. Afinal, a realidade da fila numa determinada época devia ser uma só, os números não foram crescendo de per si.

Se no início, essa prestação de contas trimestral, que seguia uma orientação expressa do MAE à época em que se encontrava em roma o falecido ex-cônsul geral em Curitiba, Mario Trampetti, era feita naturalmente, há algum tempo ela deixou inclusive de ser realizada, chegando ao drama que acabamos de assistir com o Intercomites interpelando autoridades sem delas obter resposta apenas para saber como estão os trabalhos. Num segundo ato, procurou-se de todas as formas impedir que as informações fossem tornadas públicas.

As tabelas, ao longo do tempo, sofreram diversas mudanças na forma da apresentação e deixaram, inclusive de traçar a comparação com os serviços da ‘task force’ nos demais países da América do Sul, onde também a operação foi realizada. Isso ocorreu a partir do momento em que passaram a ser questionados os motivos pelos quais, apesar de todo o esforço dos funcionários consulares, no Brasil, a lentidão dos trabalhos era sempre maior que aquela verificada, por exemplo, na Argentina.

Para uma análise mais detalhada, publicamos, a seguir, as diversas tabelas que, ao longo do mutirão, ora praticamente esvaziado, foram trazidas à luz, inclusive pela revista Insieme:

Posição em 30 de junho de 2012

 (*) Il coefficiente- Paese per calcolare il numero di potenziali nuovi cittadini per nucleo familiare derivanti da ogni “pratica” individuale di cittadinanza è il seguente
per il 2008: Argentina:4;  Brasile: 3,5;  Uruguay: 3;  Venezuela:1
per il 2009:  Argentina:3;  Brasile: 3;  Uruguay: 3;  Venezuela:
per il 2010: Argentina: ;  Brasile: 3,5;  Uruguay: __;  Venezuela __

Posição em 31 de março de 2011

 15.623      38.524

 50

 40

RIO DE JANEIRO

 19.928

 3.824

 5.600        1.172

 16.980

 8

 3

 60
mesi