Com um “grazie sincero a tutti”, Enrico Mora se despediu, no último dia de expediente (16/06) como cônsul geral da Itália em Curitiba, gravando uma entrevista para o portal da Revista Insieme em que faz uma pequena reflexão de seu período à frente da unidade consular italiana “mais europeia do Brasil”. Nesta segunda-feira cedo (19/06) já estará respondendo como cônsul em Caracas, a capital da República Bolivariana de Venezuela.

Procurando conter emoções, Mora falou um pouco de tudo: das principais tarefas realizadas desde que chegou no início de agosto de 2013, discorreu sobre o que mais lhe agradou e também sobre algumas coisas que, por serem estruturais, não pode resolver.

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Como em todo o resto do Brasil, a enorme ‘fila da cidadania’ é um dos maiores e mais antigos problemas da comunidade ítalo brasileira, e sua solução, segundo Mora, depende somente de recursos para a contratação de mais pessoal. Mesmo assim, com apenas um funcionário atuando no setor, ele conseguiu reduzir os tempos de espera para alguma coisa em torno de sete anos, fato que, embora positivo, ele mesmo observa que não deve ser comemorado diante do muito ainda por fazer.

Graças ao empenho funcional do consulado, mesmo com uma estrutura que continuamente foi sendo reduzida, Curitiba ficou durante todo o período de Mora entre os seis ou sete mais bem sucedidos em todo o mundo no quesito “arrecadação” de impostos para o erário público italiano. Isso, segundo ele, é motivo de orgulho. Conforme o diplomata, a grande comunidade italiana no mundo e, em específico, no Brasil, não representa um problema para a Itália e, sim, um recurso ou “uma solução”

Com mais de trinta anos “trabalhando na área da imigração”, Enrico Mora assegura que sua passagem por Curitiba foi um “momento especial” em sua vida. Confira o vídeo que procuramos manter o mais íntegro possível para a apreciação de nossos leitores.