Em visita ao Sul, Pollastri fundamenta sua campanha ao Senado italiano no trabalho realizado

u CURITIBA PR – “Apenas pedir as coisas não é suficiente”, disse o senador Edoardo Pollastri. É preciso que os custos do pedido estejam previstos no orçamento e para que isto ocorra “é preciso estar lá”, lutando noite e dia pelos pedidos apresentados. Com esta afirmação, o candidato à reeleição pelo Partido Democrático justificou segunda-feira (dia 24.03.2008) em Curitiba-PR sua longa ausência nas principais regiões do Sul do Brasil por onde passa agora em campanha pela reeleição, acompanhado de Fabio Porta (SP) e Claudia Antinini (RS), candidatos do partido à Câmara dos Deputados. A seu favor, Pollastri cita o alto índice (93%) de comparecimento às sessões do Senado, em contraposição a “alguns outros” candidatos da Circunscrição Eleitoral do Exterior que mal ultrapassam a casa dos 30%. Sua emenda pelo reforço da verba destinada aos consulados italianos, segundo explica, foi aprovada numa história sessão, às 3 horas da madrugada, explica ele. “E eu estava lá”.

O debate com cerca de trinta ítalo-brasileiros em Curitiba foi na sala de reuniões do Shopping do CCI – Centro Comerical Itália, o mesmo edifício onde funciona o Consulado da Itália em Curitiba. Os candidatos tiveram oportunidade de apresentar as linhas gerais de sua campanha, além de manterem contatos com autoridades locais e lideranças partidárias.

Depois de Curitiba, Pollastri, Porta e Antonini seguiram para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai.

Segundo divulgou através de sua assessoria de imprensa, “com ampla aprovação de seu trabalho pela embaixada brasileira em Roma, especialmente, no intercâmbio econômico e cultural e no fortalecimento das relações Brasil-Itália, Edoardo Pollastri, nesta viagem, explica o seu diferencial em relação aos demais candidatos”. “A experiência adquirida nestes anos – segundo disse – e o conhecimento da máquina pública e administrativa que fazem mover o Estado Italiano são fatores  que me diferenciam dos demais candidatos. Entretanto, não é fácil adquiri-la. É necessário empenho e dedicação total, como a que tive em prol da comunidade italiana a qual me incluo e que tenho profunda satisfação em representa-la”.

Ainda segundo a assessoria do senador, “a comunidade italiana no Brasil, hoje, conta com aproximadamente 274 mil italianos, sendo 126 mil residentes em São Paulo. Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Brasília, Recife e Rio Grande do Sul são outros grandes pólos de concentração italiana em terras brasileiras. Em toda América do Sul, o número de italianos aptos a votar são cerca de um milhão e cem mil, sendo 590 mil deste total residentes na Argentina.”

No debate de Curitiba prevaleceram temas ligados às questões das chamadas “filas da cidadania”. Mas também surgiram propostas ligadas aos setores culturais e da informação. Segundo Pollastri, nos dois anos do governo Prodi, 5.300 projetos foram apresentados no Parlamento, dos quais apenas 93 obtiveram a aprovação. Com a queda do governo, todos os projetos não aprovados foram engavetados e não existem mais, explicou o senador que fez questão de sublinhar que lutou não apenas por questões que interessam à comunidade ítalo-brasileira, mas também de toda a América do Sul.

O candidato à Câmara, Fábio Porta, lembrou sua luta, “que não é de hoje” pelo melhor atendimento aos ítalo-descendentes. “É uma queixa geral”, disse ele, para sugerir que os funcionários burocráticos que vêm da Itália deveriam, antes de iniciar o trabalho, passar por um curso de treinamento, “para entender melhor nossos problemas”. Nem sempre o mau atendimento, segundo Porta, decorre de má vontade, conforme alguns presentes ao debate procuraram argumentar. A candidata Cláudia Antoni, por sua vez, citou sua luta em defesa dos direitos que os ítalo-descendentes têm ao reconhecimento da cidadania por direito de sangue. Mas advertiu: “Não somos cidadãos de segunda classe e estamos à espera de resultados”. Antonini explicou que entre suas metas de trabalho está a luta pelos direitos das mulheres, até aqui segregadas pela legislação ou pela burocracia italiana no caso do reconhecimento dos direitos de sangue.

A agenda dos candidatos no Sul é a seguinte, segundo divulgou a assessoria de imprensa do senador Edoardo Pollastri.