“Capacidade de adaptação a situações estressantes” e “capacidade de entrar em campo e de resolver situações de emergência ordinárias e extraordinárias” são características da futura cônsul geral da Itália em Curitiba, Eugenia Tiziana Berti, natural de Frosinone (Região do Lácio), cidadã italiana e sueca.
Será a primeira mulher a dirigir a segunda unidade consular em importância no Brasil e que responde pelos territórios do Paraná e Santa Catarina desde 1894, ainda na época da monarquia italiana. A data sua posse não é ainda conhecida, mas, segundo Salvatore di Venezia, o cônsul atual que está se despedindo, deverá acontecer nos próximos meses, depois de algum tempo sob a regência de Maria Salamandra. Di Venezia volta a Roma antes do final do mês para, no início de julho, se aposentar do serviço público italiano.
Também segundo Di Venezia, Eugenia Tiziana Berti “está entusiasmada” para vir a Curitiba. Escritora (tem pelo menos dois livros de poesia – Ortogonal I e II), ela é amante da fotografia e, no passado, foi co-fundadora de Eclissi9 – uma produtora de projetos culturais.
Berti é casada com Anders Lindblad desde 1992 e mora em Roma, onde trabalha desde 20 de abril de 2021 no Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional – Maeci, após ter servido em outros órgãos públicos italianos, entre eles o Ministério das Infraestruturas e dos Transportes e o Tribunal de Contas, em Roma, onde entrou por concurso.
É formada em Direito pela Università La Sapienza, em 1985, com a defesa de tese sobre “La legge quadro sul pubblico impiego” . Na mesma universidade fez especialização em Direito Penal e Criminologia, além de outros cursos na área contábil, administração pública e de pessoal e também pesquisa eletrônica em outras instituições. Além do italiano, fala inglês, sueco e francês, além de conhecimento básico de turco e árabe.
A futura cônsul nunca exerceu qualquer função consular, mas, como ela própria declara em Eclissi9, “a longa permanência na Turquia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Escandinávia e as origens mediterrâneas fazem de mim um “jovem” neófito da última geração fotográfica, do cinema poético e da escrita fotopoética sem estrelas e listras”.