Embora tenha demitido todos os professores e funcionários e entregue as chaves da sede no Água Verde, o CCI – Centro de Cultura Italiana PR/SC “não fechou e não vai fechar suas portas”, segundo garantiu a Insieme na manhã de hoje o presidente da entidade, engenheiro Domingos José Budel, durante entrevista gravada em vídeo. A mudança, segundo ele, foi necessária devido ao novo cenário surgido com a pandemia do Coronavirus, mas a entidade que conta já 28 anos de atividades no ramo continua a ministrar aulas de cultura e língua italiana.

Diante da projeção dos gastos e das entradas, e da vertiginosa baixa no número de matrículas durante os primeiros meses da pandemia, a medida tomada pela diretoria do Centro de Cultura, uma entidade sem fins lucrativos, foi, segundo Budel, a única forma encontrada para manter o CCI vivo, inclusive honrando compromissos de convênios com municípios, a maioria em Santa Catarina. Estes convênios envolvem cerca de oito mil crianças em fase de aprendizagem de língua italiana, incluindo a capital, Florianópolis.

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As aulas presenciais continuarão a ser dadas num local onde a entidade já mantinha uma unidade em Curitiba – no Alto da Rua XV, nas dependências da Fábrica, à rua Reinaldino Schaffenberg de Quadros, 53 – enquanto a sede administrativa passou para a Rua Conselheiro Laurindo, 825, Sala 601, no centro da cidade. Telefones e e-mails continuam os mesmos.

Paralelamente, o CCI continuará seu papel de Ente Promotor (nova denominação dos chamados ‘Entes Gestores’), isto é, a manter cursos financiados parcialmente com a ajuda do governo italiano, incluindo as certificações. Segundo Budel, o contrato com os professores e colaboradores seguirá uma nova modalidade, depois do acerto e pagamento de todas as rescisões pelas normas celetistas.

Dentro de vinte dias, segundo Budel, deverão ser divulgados detalhadamente todos os programas, locais e modalidades dos cursos de língua italiana, que não excluem também o ensinamento à distância. Segundo o presidente do CCI, a demanda pelo aprendizado da língua italiana continua e, em seus altos e baixos, acompanha mais ou menos as curvas dos índices de procura pelo reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue junto aos consulados.