Francesco Azzarello em foto parcial de 2017 (Perfil Tweetter Christopher Pyne)

O novo embaixador da Itália no Brasil será o ministro plenipotenciário Francesco Azzarello, um palermitano nascido em 1958 que já foi embaixador em Haia e desde 2016 ocupa ocupa cargo na estrutura de primeiro nível do Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional – Maeci, em Roma. A informação de que a indicação de seu nome – dependendo ainda do ‘agrément’ por parte do governo brasileiro – foi aprovada, recentemente, pelo Conselho de Ministros, é de fonte qualificada de Insieme. 

Segundo a mesma fonte, o atual embaixador Antonio Bernardini, no cargo desde 1º de julho de 2016, já estaria designado para a Ocse – Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, entidade que reúne países do ocidente voltada à promoção da democracia e do liberalismo econômico na Europa, fundada em 1973 e que tem sede em Viena, na Áustria.

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Segundo o curriculum do novo embaixador, ele ocupa, desde setembro de 2016, a função de diretor da autoridade nacional Uama – “Unità per le Autorizzazioni dei Materiali di Armamento”, instituída em 2012, que tem o controle da exportação, importação e trânsito de materiais de armamento. O órgão funciona junto à Secretaria Geral do Maeci, na Farnesina. Não há referência a atividades de Azzarello diretamente ligadas ao Brasil ou à América do Sul.

As informações disponíveis no site do Maeci dizem que o novo embaixador nasceu em Palermo (Sicilia) em 23 de dezembro de 1958 e é formado em Economia e Comércio pela Universidade “Luiss” (Libera Università Internazionale degli Studi Sociali Guido Carli Luiss) , de Roma, desde 1981, tendo entrado para a carreira diplomática através de concurso em 14 de março de 1986. Trabalhou inicialmente em Roma, no escritório V do serviço geral para negócios políticos, depois em Teerã e em Adelaide, onde foi cônsul a partir de abril de 1991.

Voltando a Roma, trabalhou no V Escritório do Serviço Geral para a Emigração, tendo dirigido o escritório de promoção da língua e da cultura italiana no mundo, segundo se lê em outras fontes. Em 1997 foi para Tirana (Albânia) e em abril de 2000 assumiu a chefia do Escritório II do serviço geral de Cooperação Econômica e Financeira Multilateral, na Farnesina. Em abril de 2003 passou a exercer a função de primeiro conselheiro e, em seguida à sua alteração de status funcional para Ministro Plenipotenciário, de Ministro Conselheiro na representação permanente junto à Onu, em Nova Yorque, onde permaneceu até outubro de 2008.

Antes de ir para Haia (Holanda) com o título de embaixador junto à Opac – Organização para a Proibição de Armas Químicas, em fevereiro de 2012, prestou serviço como chefe da secretaria particular do então subsecretário de Estado e senador Alfredo Mantica, onde teve contatos com a realidade dos italianos no mundo. Trabalhou algum tempo também no Serviço para Negócios Jurídicos, Contencioso Diplomático e dos Tratados. Em junho de 2016 voltou para Roma, onde trabalhou diretamente subordinado ao diretor geral para a Promoção do Sistema Nacional, assumindo, em 1º de setembro do mesmo ano, a direção da Uama, onde permanece até hoje.

O embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini (Foto Desiderio Peron / Arquivo revista Insieme)