Cidadãos residentes na Itália que se encontram bloqueados no Brasil – alguns desde dezembro do ano passado – não sabem a quem mais recorrer em busca de um caminho de volta para casa, desde que uma disposição do governo italiano, com data de 16 de janeiro, proibiu a entrada na Península de qualquer pessoa procedente do Brasil. Nem a Embaixada da Itália, nem consulados conseguem dar informações corretas aos interessados, calculados entre 300 e 500.
Na tarde de hoje, o ex-deputado Fábio Porta fez um apelo às autoridades italianas para uma “urgente alteração” da norma expedida pelo Ministério da Saúde, no sentido de “permitir, com as devidas e necessárias condições previstas pelos rígidos protocolos de segurança contra o Covid, a volta dessas pessoas”. O governo italiano, como é de conhecimento público, atravessa uma grave crise institucional.
Porta pediu ainda que a “nossa Embaixada coordene, em conjunto com as autoridades competentes da administração, a realização de um voo especial para a volta de todos os que, nos últimos dias, responderam a um questionário com seus dados, conforme foi divulgado pela rede consular”.
O bloqueio, segundo Porta, tinha sido tomada para examinar de maneira mais profunda as características da “variante brasileira” do coronavirus e, assim, determinar os tempos corretos da quarentena “como medida emergencial e temporária”. A extensão do prazo do bloqueio, sem ao menos prever exceções para os residentes na Itália ou para aqueles que, por motivo de saúde ou de trabalho tivessem necessidade de voltar imediatamente, “está causando seríssimos problemas a esses concidadãos e às suas famílias”, escreveu Porta num texto publicado em suas redes sociais e enviado também à imprensa.
Um desses casos atinge Salete Maria Facchini, que reside na Itália há 14 anos. “Cheguei ao Brasil em 16 de dezembro, no primeiro voo da Alitalia para a América do Sul depois da suspensão dos voos do ano passado. Meu retorno estava marcado para 28 de janeiro e foi cancelado. Reagendado para 04 de fevereiro e foi cancelado novamente. Desde então, estou escrevendo para o Consulado de Curitiba, pois tenho residência também em Florianópolis-SC, para o consulado de São Paulo, porque estou na casa de meu filho, e para a Embaixada italiana em Brasília sem nenhuma resposta além da convencional”, disse Salete a Insieme na manhã de hoje.
Ela já havia informado a Insieme que se encontrava bloqueada no Brasil “sem nenhuma ajuda dos consulados ou da embaixada para que possamos retornar e fazer a quarentena na nossa casa… e sem nenhuma previsão”.
A “resposta convencional” mencionada por Facchini é esta: “Come lei sa da sabato scorso, in base all’ordinanza del Ministero della salute italiana del 16 gennaio 2021, è stata disposta la sospensione del traffico aereo dal Brasile ed il divieto di ingresso in Italia per tutti coloro che provengono dal Brasile o che vi abbiano soggiornato/transitato nei 14 giorni precedenti il tentativo di ingresso in Italia. Al momento non sono previste eccezioni. Si segnala che il divieto di ingresso in Italia dal Brasile vige almeno fino al 31 gennaio 2021. Tal divieto si applica anche ai passeggeri che vogliono entrare in Italia con un volo non diretto dal Brasile, se vi hanno soggiornato o transitato nei 14 giorni precedenti. Si invitano gli interessati ad entrare in contatto con le compagnie aeree per eventuali richieste di informazioni”.
Facchini observa ainda que no dia 30 de janeiro a Embaixada colocou um aviso pedindo a todos os italianos que estivessem no Brasil com os voos cancelados que mandassem seus dados através de um email. “Eu mandei. Olha a resposta: “Avviso ai residenti in Italia bloccati in Brasile. Si ringraziano i residenti in Italia, temporaneamente bloccati in Brasile, per aver fornito all’Ambasciata d’Italia a Brasilia le informazioni richieste sin dal 30 gennaio scorso. Gli elementi raccolti sono serviti per la realizzazione di un’articolata mappatura complessiva delle presenze temporanee in Brasile, i cui principali elementi aggregati sono stati già trasmessi, per le valutazioni di competenza, al Ministero della Salute a Roma. Aggiornamenti verranno comunicati tempestivamente. La Rete diplomatico-consolare italiana continua ad essere a disposizione dei Connazionali, residenti e non, in Brasile.”
No comunicado à imprensa, em língua italiana, Fábio porta pede às autoridades italianas que não abandonem os italianos bloqueados no Brasil. Veja na íntegra: “Emergenza Covid19. Fabio Porta (PD Sudamerica): “Non abbandonare a sé stessi i 500 italiani rimasti bloccati in Brasile a causa del blocco dei collegamenti aerei”.
Dal 15 gennaio scorso ci sono alcune centinaia di italiani (stimati tra le 300 e le 500 persone) bloccati in Brasile a causa dell’ordinanza (e della successiva proroga) emanata dal Ministero della Sanità italiano che determinava la sospensione dei voli da e per il paese sudamericano.
La decisione era stata presa per esaminare in maniera più approfondita le caratteristiche della “variante brasiliana” del virus e per programmare in tempo utile i periodi di quarantena, come misura emergenziale e temporanea quindi; la sua proroga, senza nemmeno la previsione di eccezioni per i residenti in Italia o per coloro che per motivi di salute o di lavoro si trovassero nell’immediata necessità di rientrare nel nostro Paese sta causando serissimi problemi a questi nostri connazionali e alle loro famiglie.
Alle nostre autorità chiediamo l’urgente modifica di questa ordinanza al fine di consentire, con le dovute e necessarie condizioni previste dai rigidi protocolli di sicurezza Covid (ossia l’obbligo del tampone molecolare e la successiva quarantena) il rientro in patria di queste persone; contemporaneamente, e in attesa di tale decisione, si sollecita la nostra Ambasciata a coordinare di concerto con le amministrazioni competenti l’organizzazione di un volo speciale di rientro per tutti coloro che negli scorsi giorni hanno risposto ad un relativo invito a fornire i propri i dati divulgato dalla nostra rete consolare in Brasile.