O deputado Fausto Longo, eleito na América do Sul para o Parlamento Italiano nas últimas eleições parlamentares, é o campeão de ausências na atual legislatura dentre os demais colegas sulamericanos. Longo tem comparecido a somente 42,24% das sessões parlamentares, restando ausente nas outras 57,69% das 6039 sessões realizadas.

As informações são da associação “Openpolis”, através de seu serviço ‘openparlamento’, que monitora desde 2009 a atividade parlamentar italiana. Segundo o mesmo serviço, “por ausência se entendem os casos de não participação nas votações, sejam aquelas nas quais o parlamentar está presente fisicamente (e não em missão), ou sejam as que, embora presente, não participa para determinar o número legal da votação”. O sistema italiano, segundo a mesma fonte, não distingue a “ausência injustificada daquela, por exemplo, por motivo de saúde”.

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Com 42,87% de ausências, ainda assim o deputado Luis Roberto Lorenzato (Lega) é o deputado mais assíduo nas sessões da atual legislatura dentre os quatro eleitos na América do Sul. Em segundo lugar vem o ítalo-argentino Mario Borghese (46,03% de ausências), seguido de Eugênio Sangregorio (55,68% de ausências).

Borghese, entretanto, tem a mais baixa presença (32,03%) nas sessões, uma vez que apresenta dentre os quatro colegas o mais alto percentual de “missões” – 1325 sobre as 6039 – que lhe justificam a ausência. Um ‘status’ que, para Longo, é quase imperceptível (apenas 4 sessões em missão). Considerando o fator “missão”

No senado, os números dos dois representantes da América do Sul em termos de participação no Parlamento. são também interessantes: Ricardo Merlo, do Maie, aparece com 5,46% de presenças nas 5898 sessões do período, durante o qual 94,12% das vezes estava em missão (as 5551 missões baixam para apenas 0,42% o seu percentual de ausência). Já Adriano Cario, que esteve em missão apenas 27 sessões (0,46%), acumula 49,95% de ausências com quase igual percentual (40,59%) de presenças.

“Openparlamento” assinala também, em detalhes, como votou cada parlamentar nas principais matérias submetidas ao debate e se o político tem votado conforme a orientação de seu partido. O único dos quatro deputados que se “rebelou” (uma só vez) à orientação partidária foi Lorenzato. Em matéria de pronunciamentos em plenário, nossos representantes são parcimoniosos: Sangregorio figura com dois pronunciamentos; Borguese com um, enquanto para Longo e Lorenzato nada consta.

Como primeiro subscritor de alguma emenda, Borghese aparece em três casos; Fausto Longo em oito; Sangregorio em 45 e Lorenzato em nenhum; no Senado, Cario aparece em 14 casos e Merlo nenhum. Projetos de lei somente foram apresentados por Borghese (20 como primeiro subscritor) e Longo (10 projetos como primeiro subscritor).