Deputado Luis Roberto Lorenzato, acusado de sumiço nos radares do Parlamento Italiano, se defende. (Fotograma vídeo Insieme 2018)

Ao contrário do que diz a matéria, “eu sou o deputado da República italiana (colégio América Meridional) que mais vota e participa das atividades na Câmara dos Deputados, apesar da pandemia, suspensão de voos e proibição de entrar na Itália”, disse nesta manhã o deputado Luis Roberto Lorenzato, rebatendo a denúncia formulada pelo site italiano “fanpage” sob o título “Lorenzato, il parlamentare leghista que da 14 mesi sta in Brasile, invece che alla Camara” (o parlamentar da Lega que há 14 meses está no Brasil em vez de estar na Câmara).

A matéria, diz Lorenzato em texto bilingue enviado à redação de Insieme que o interpelou já no domingo à tarde, “é de uma pequenez didática” e “clara perseguição política”; “deve ter sido encomendada para acirrar as disputas políticas do meu partido com a oposição esquerdista/comunista”, completa o parlamentar.

PATROCINANDO SUA LEITURA

Segundo escreveu ‘Fanpage’, por 14 meses, Lorenzato ficou sem se apresentar na Câmara, embora “tenha continuado a receber seu salário, levando para casa uma cifra que, de março de 2020 até hoje, é estimada entre 150 e 180 mil euros”. “Os registros da Câmara contam a história de um deputado da Lega que, desde o início da pandemia até hoje, desapareceu dos radares do Parlamento”, afirma a matéria logo no início. Nesse período, teria havido uma única exceção, entre 20 e 26 de julho. A matéria, publicada em 17 de abril, classifica o parlamentar como “fantasma” e traz também uma entrevista feita por telefone com Lorenzato e apresentada em forma de vídeo.

Lorenzato lembra em sua nota que, a cada ausência, um parlamentar italiano sofre um desconto de 206,85 euros, além de mais 500 euros de desconto mensal por ausências nas comissões. Ele também reproduz quadro de frequência e ausência no Parlamento que o coloca como o mais assíduo da América do Sul, à frente de Eugênio Sangregorio, Mario Borghese e do também ítalo-brasileiro Fausto Guilherme Longo.

No final da tarde de domingo, Insieme interpelou o parlamentar nos seguintes termos: “Deve ter visto matéria na imprensa italiana que questiona a sua participação, frequência e votação na Câmara dos Deputados da Itália.Como é assunto que interessa diretamente à sua representação/representados/eleitores na América do Sul e, mais especificamente, à comunidade italo brasileira, perguntamos o que tem a dizer sobre tudo quanto foi escrito sobre o tema. Aguardamos sua resposta urgentemente pelo meio que preferir: escrita, por arquivo de áudio, ou vídeo, ou, ainda , de telentrevista pelo Skype”. Inicialmente, o parlamentar havia combinado uma telentrevista mas, depois, mudou de ideia, enviando o texto que reproduzimos abaixo, na íntegra e com os grifos:


“Prezado Editor Desiderio Peron,
Eu tomei conhecimento da matéria (site fanpage) por seu intermédio e de mais ninguém no Brasil ou da Itália, assim lhe agradeço e em respeito ao seu trabalho, que se apresenta de forma séria, responsável e imparcial!

Após analisar o propósito, ficou bem claro que se trata de uma “imprensa Marrom”, diria vermelha, que busca no jogo de frases e ilações, e fake News para criar notícias ideológicas que prestam apenas para alimentar o ódio, discriminação e dividir as pessoas num período que deveríamos estar todos unidos contra nosso maior inimigo o Coronavirus.
Eu lamento profundamente que essa empresa comercial, dentro do seu desespero, pois também é vitima econômica da pandemia se preste em escolher a dedo uma vítima para soltar o seu veneno; e assim esperar a reação para ver se consegue alguma fama.

A matéria deve ter sido encomendada para acirrar as disputas políticas do meu partido com a oposição esquerdista/comunista. Entretanto; a matéria mirada “sob medida” perde toda credibilidade, uma vez existem outros parlamentares,  que são residentes na Itália, a uma hora de avião ou poucos minutos de carro  de seus colégio eleitoras, residência e Roma e não foram prestigiados com esse “ serviço”.

Bem diferente é o caso  dos deputados eleitos na América do sul, que não se chega em 1 hora de voo em Roma e sim  mais de 18 horas de vôos e conexões para chegar em casa e cuidar de um território 54 vezes maior que o da Itália.

A Matéria é uma clara perseguição politica, pois faltou com a verdade. Eu não estou a 14 meses sem ir à Itália!  Eu não tive algum apoio político  de Bolsonaro para me beneficiar e me eleger, ao contrario eu já era deputado leito  e Bolsonaro um candidato. O fato é o contrario eu apoiei a sua candidatura e eleição estou colaborando  bem de perto para melhorar e otimizar as relações binacionais.

A ideologia fica escancarada pois o `noto` jornalista não fez questão de citar entre minhas atividades a minha vitória pessoal junto com o Presidente Bolsonaro em enviar em março de 2020 as  3,5 milhões de máscaras para socorrer os nossos irmãos italianos no pior momento da crise e foi o Brasil o primeiro país a estender a mão. Não li um gesto de agradecimento!

A matéria é de uma pequenez, pois trata de meus êxitos familiares e profissionais, mas deixou escapar e confessou publicando uma foto minha com Salvini no aeroporto Ciampino, brindando a captura do terrorista, assassino confesso Cesare Battisti cuja minha participação foi determinante e um divisor de águas nesta questão. Não li nada citando minha participação direta na busca e prisão por Cesare Battisti um ícone da esquerda italiana.

Na regra investigativa, sendo sério, o jornalista deveria ter feito um quadro comparativo com os 4 deputados que representam o colégio eleitoral da américa meridional e ver quem mais esteve presente ou ausente.Deveria levar em consideração que o Brasil, mais do que a Argentina, está com altos índices de transmissão do Covid, em especial da variante brasileira o que fez a Itália em 16 abril de 2020 proibir  a entrada na Itália de todos passageiros residentes no brasil  antes de 13 de fevereiro de 2020 e assim fechar todos os voos do Brasil.

Outrossim, o jornalista não informou  ao leitores se por acaso um italiano conseguir  entrar na Itália tem a necessidade de fazer  quarentena obrigatório de 14 dias. Assim fazendo um pequeno esforço intelectual  percebesse que em um mês (30-31 dias) o parlamentar vindo  do Brasil teria 2 ou 3 dias para votar, como quer o jornalista. Mas se descontarmos dois  dias de voos  entre São Paulo/Roma/ São Paulo  sobrará apenas 1 dia para atender o jornalista!

Meus assessores de imprensa analisaram o modus operandi e verificaram que a matéria é de uma pequenez didática, intelectual, pois inventa fatos, manchetes, datas, induz a erro e não esclarece.  Isto é fez uma “auto condenação”.

Se fosse sério deveria ter feito dezenas de matérias, pois “sem citar nomes”  existem vários parlamentes que são mais ausentes  e  que moram na Itália (Apenas uma hora de voo ) porque o jornalista nas buscou no PD, Forza Italia, Misto esses “Fantasmas”?
Como o jornalista foi inábil e se condenou: Eu  sou o deputado da República italiana (colégio América Meridional) que mais vota e participa das atividades na Câmara dos Deputados, apesar da pandemia, suspensão de voos e proibição de entrar na Itália.
Vejamos:

NOME DEPUTADO PRESENTE AUSENTE MISSÃO
Luis Roberto di SM Lorenzato di Ivrea 45,28% 54,56% 0,16%
Eugenio Sangregorio 42,07% 57.32% 0,61%
Fausto Guilherme Longo 32,35% 67,60% 0,05%
Mario Borghese 27,81% 55,39% 16,80%

O jornalista  propositalmente não informou e “se esqueceu” de trazer aos leitores que a cada falta é descontado do Parlamentar Euro 206,85, isto é, para cada dia de sua falta e ainda terá o desconto de Euro 500,00 no mês pela ausência nas comissão.
Portanto, o meu repúdio e pesar, justamente neste momento em que todos vivemos um fase difícil e de incertezas. Eu sou vítima de um veículo de informação se presta a desinformação, ilações, pegadinhas, ativismo ideológico de esquerda e a criação de Fake News e difamação e calúnia.

Eu sigo meu trabalho, responsavelmente e dentro do ordenamento  jurídico,  na Itália de forma telemática, participando nas atividades que posso devido ao fuso horário de + 5 horas e  atendendo nossos cidadãos  no meu colégio eleitoral de residência. Ainda trabalho e sou signatário de inúmeros projetos de Lei, Interrogações que por obvio não foram citadas na matéria.

Neste momento, estou lutando para que o Ministério  da Saúde da Itália envie doses suficientes para vacinar todos os nossos funcionários da rede diplomática;  para que nossas Embaixadas e consulados que estejam  fechados possam voltar a trabalhar presencialmente o mais rápido possível .

Eu ainda também estou trabalhando apara a reabertura dos voos da Alitalia e de empresas Brasileiras, bem como para suspender restrições de acesso aos nossos cidadãos.
Aproveito a oportunidade de agradecer o Governo brasileiro pela vacinação ,gratuita e independente de residência legal no Brasil,  dos cidadãos italianos aqui  no Brasil, que com mais de 70 anos forma vacinados e  que somam 91.939 italianos.

O meu agradecimento do Governo Brasileiro e um pesar á Itália, onde nós italianos residentes no exterior não temos o direito de receber a vacina na Itália”!