Merlo: Uma absurda medida de um governo míope em relação aos italianos no exterior; Porta: depois dos cortes nos recursos, a humilhação.
 
CURITIBA – PR – Por também enxergar no adiamento das eleições para os Comites – Comitato degli italiani all’Estero e a consequente prorrogação dos mandatos dos atuais conselheiros para até 2012, uma “absurda” medida contra os “órgãos democráticos de representação dos italianos no exterior”, o deputado Ricardo Merlo divulgou comunicado à imprensa para tornar pública sua posição. Merlo, que reside na Argentina, foi eleito pela Circunscrição Exterior na área da América do Sul pelo partido “Movimento Associativo Italiani all’Estero”.
Apresentamos em Comissão – informa ele – uma emenda para evitar a decisão antidemocrática do governo Berlusconi de adiar as eleições dos órgãos democráticos de representação dos italianos no exterior”. Embora de partidos diferentes, a visão de Merlo é coincidente com a do deputado Fábio Porta, do Brasil, que também tem condenado a “suspensão da democracia por decreto” e que vê no adiamento das eleições outro golpe contra a comunidade italiana residente ao redor do mundo. Porta e Merlo ligam o adiamento a outras medidas que cortam recursos orçamentários para consulados, para a difusão da língua e da cultura italiana no exterior.
Para Merlo, “esta decisão (do adiamento das eleições) representa o último escárnio dirigido aos italianos no exterior. Me pergunto qual será a última ação depois dos cortes de recurso para a língua e cultura e para a assistência direta e indireta, depois da redução da ajuda à imprensa italiana no exterior e ao redimensionamento da rede consular e dessa absurda suspensão provisória do exercício democrático do voto dos italianos no exterior”.
O Maie – aduz Merlo – “protesta contra um governo míope que não consegue ver que os italianos no exterior constituem, sobretudo neste momento de crise européia, um grande recurso e oportunidade para o nosso País”.
Segundo Merlo, seu partido está organizando uma mobilização em todos os seus escritórios nas quatro áreas eleitorais. “Estaremos também ao lado de nossos concidadãos no apoio às manifestações de Frankfurt para pedir ao Berlusconi mais respeito e uma mudança total na estratégia quando se refira às políticas dirigidas às comunidades italianas residentes no exterior”.

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PORTA – Poucos dias antes (25.05), o deputado Fabio Porta também se manifestava inconformado com o adiamento das eleições. Em pronunciamento feito no Parlamento o deputado dizia que “não se pode suspender a democracia por decreto” e pedia: “Não humilhemos os italianos no exterior no exercício de seus direitos depois de golpeá-los com repetidos cortes de recursos para a escola e assistência”. Porta falou também na condição de Vice-presidente do Comitê Permanente da Câmara dos Deputados para os Italianos no Exterior
O sistema de representação dos italianos no exterior, segundo Porta, “é o elo fundamental que liga democraticamente esses territórios e suas comunidades aos parlamentares eleitos no exterior e desde 2009 espera para ser renovado.”
Segundo Porta, os “atuais Comites estão regulamentados por uma reforma aprovada em 2003 e foram eleitos pela primeira vez com essas normas em 2004: não existia nenhuma urgência para uma nova reforma deles!”
Agora – aduz Porta – “o subsecretário Mantica vem nos explicar que é oportuno mais um adiamento, depois daquele de um ano de 2009 para 2010, exatamente para 2010! Não se pode suspender a democracia por decreto e não se pode considerar os italianos no exterior como italianos com “democracia limitada”, limitando seus direitos democráticos. Depois dos bofetões que nossos concidadãos no mundo tomaram nestes anos com os cortes orçamentários na assistência, na escola e na cultura, não podemos humilhá-los e sacrificá-los também no exercício de seu direito à participação democrática”.


FABIO PORTA

RINVIO ELEZIONI COMITES E CGIE: IN AULA L’ON. PORTA INTERVIENE CONTRO IL DECRETO PRESENTATO DEL GOVERNO
“Non si può sospendere per decreto la democrazia!Non umiliamo gli italiani all’estero nell’esercizio dei loro diritti dopo averli schiaffeggiati con i ripetuti tagli a scuola e assistenza”
 
 
Nel corso della discussione sulla conversione in legge del decreto del governo che rinvia di ulteriori due anni le elezioni dei Comites e dei Cgie è intervenuto, per dichiarare il voto contrario del gruppo del Partito Democratico, il Vice Presidente del Comitato Permanente della Camera dei Deputati sugli italiani all’estero Fabio Porta.
“Il sistema di rappresentanza degli italiani all’estero è l’anello fondamentale che collega democraticamente questi territori e le loro comunità ai parlamentari eletti all’estero – ha esordito l’onorevole eletto in Sudamerica – e dal 2009 attende di essere rinnovato”.
“Gli attuali Comites sono regolati da una riforma approvata nel 2003 e sono stati eletti per la prima volta con questa normativa nel 2004: non esisteva nessuna urgenza per una loro nuova riforma !”
“Adesso il Sottosegretario Mantica viene a spiegarci che è opportuno un ulteriore rinvio, dopo quello di un anno dal 2009 al 2010, addirittura al 2012! Non si può sospendere per decreto la democrazia – ha gridato in aula il parlamentare del PD – e non si possono considerare gli italiani all’estero italiani a “democrazia limitata” limitando i loro diritti democratici.”
“Dopo gli schiaffi che i nostri connazionali nel mondo hanno preso in questi anni con i tagli all’assistenza, alla scuola ed alla cultura, non possiamo umiliarli e mortificarli anche nell’esercizio del loro diritto di partecipazione democratica.”
Roma, 25 maggio 2010 – Ufficio Stampa On. Fabio Porta

MERLO

Il MAIE contro il rinvio delle elezioni di COMITES e CGIE e 
delle politiche del governo Berlusconi nei confronti degli italiani all’estero

Roma, 27 maggio 20101:-L’on. Ricardo Merlo, presidente del MAIE, ha così commentato il rinvio al 2012 delle elezioni di Comites e CGIE, deciso con l’approvazione del Decreto legge 28 aprile 2010 n. 63,
“Abbiamo presentato in Commissione esteri un emendamento per evitare la decisione antidemocratica del governo Berlusconi di rinviare le elezioni degli organismi democratici di rappresentanza degli italiani all’estero.
Questa decisione rappresenta veramente l’ultima beffa agli italiani all’estero.
Mi chiedo – ha continuato il deputato italosudamericano – quale sarà la prossima mossa, dopo i tagli delle risorse per la lingua e la cultura e per l’assistenza diretta ed indiretta,
dopo la riduzione dei finanziamenti alla stampa italiana all’estero, il ridimensionamento della rete consolare e di questa assurda sospensione provvisoria dell’ esercizio democratico del voto degli italiani all’estero! Il MAIE protesta contro un Governo miope che non riesce a vedere che gli italiani all’estero costituiscono, soprattutto in questo momento di crisi europea, una grande risorsa e opportunità per il nostro Paese. Per questo motivo il MAIE sta organizzando una mobilitazione in tutte le sue sedi di tutte le quattro ripartizioni elettorali. Saremo anche al fianco dei nostri connazionali a sostenere e appoggiare la manifestazione di Francoforte per chiedere a Berlusconi più rispetto ed un cambio totale nella strategia al momento di considerare le politiche per le collettività italiane residenti all’estero!”