“A comunidade italiana pode ficar tranquila, a Casa d’I talia não será vendida”. Quem garante é o senador Ricardo Merlo, subsecretário para os italianos no mundo do Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional. A informação foi transmitida, antes das 8 horas da manhã de hoje (horário do Brasil) ao editor de Insieme em mensagem de voz através do aplicativo whatsapp pelo próprio senador que, em seguida, escreveu em seu perfil do twitter: “Confirmo oficialmente: acabamos de conseguir a suspensão da venda da Casa d’Italia de Juiz de Fora”.
Segundo Merlo, que se encontra isolado em sua residência, em Roma, acometido pelo Covid-19, “mas, mesmo assim, trabalhando”, a entidade “é uma associação que deve permanecer para a nossa comunidade italiana”. Perguntado se a decisão anula todos os atos do cônsul da Italia em Belo Horizonte, Dario Savarese, Merlo respondeu laconicamente: “não será vendida”. O aviso de leilão ainda constava no siste do Consulado ao elaborarmos esta matéria.
Como se sabe, no cumprimento de “instruções ministeriais”, Savarese havia dado um prazo de 30 dias para que a Associação Ítalo Brasileira ‘San Francesco di Paola’, mantenedora da Casa d’Italia de Juiz de Fora, entregasse as chaves do imóvel construído pela comunidade local na década de 30 do século passado e registrado em nome do governo italiano como garantia de continuidade. Ato seguinte, publicou aviso no site do consulado colocando o leilão à venda. O leilão estava marcado para o dia 3 de dezembro próximo.
Não houve, até o momento, nenhuma explicação para os atos que acabam de ser cancelados, e que geraram reações não apenas na comunidade italiana de Juiz de Fora, mas em todo o Brasil, incluindo o pedido do presidente da entidade, advogado Paulo José Monteiro de Barros, de interferência direta do Ministro das Relações Exteriores do Brasil sobre o caso.