Preferindo não comentar as declarações da deputada Renata Bueno contidas na entrevista que concedeu à Revista Insieme, o deputado Ricardo Merlo apontou apenas para o endereço do site da Câmara dos Deputados italiana onde consta que ele, desde 20 de outubro de 2016, integra a XIV Comissão, que se atém das políticas da União Europeia.
A informação desmente a afirmação da deputada Renata Bueno. Ela disse que um dos grandes culpados por deixar passar emendas à lei eleitoral prejudiciais aos italianos no exterior (uma delas pretendia tirar da jogada a parlamentar com a “quarentena” de dez anos) tinha sido o deputado Ricardo Merlo, o único parlamentar eleito no exterior, segundo ela, a compor a “Comissione Affari Constituzionali”.
“O Maie, como integrante da Comissão Constitucional – declarou Renata Bueno em vídeo gravado pela revista Insieme – poderia ter proibido a passagem dessa emenda na Comissão Constitucional, onde a emenda foi colocada no último minuto”.
Em seguida, Renata Bueno atacou, sem nominá-lo, seu colega Ricardo Merlo; “nosso querido colega deputado que deveria estar lá, não estava; estava em qualquer lugar fazendo outras ações, mas não dentro do Parlamento que era o seu dever”. Renata fazia, sem dizer, alusão à participação de Merlo no manifesto diante do Consulado Geral da Itália em São Paulo, dia 12 último.
Merlo, segundo se vê no site da própria Câmara dos Deputados italianos integrou a comissão referida por Bueno, mas durante o período que vai de 7 de maio de 2013 a 20 de outubro de 2016. Nenhum outro parlamentar do Maie ocupa a comissão referida por Bueno e que mandou para o plenário, sobre a qual o governo meteu regime de “fiducia”, o texto com as propostas que acabaram recebendo o voto favorável de Renata Bueno e Fabio Porta.
Mario Borghese, o outro deputado do Maie, integra a Comissão de “Affari Sociali”. Os outros dois deputados da América do Sul – Fabio Porta e Renata Bueno integram, atualmente, a mesma III Comissão (“Affari Esteri e Comunitari”).