A partir de sexta-feira próxima (02/04) estará disponível em todas as plataformas digitais o novo álbum da cantora italiana Mafalda Minnozzi, segundo informa a Insieme o empresário da artista, Marco Bisconti. O álbum se intitula “A Napoli – porto dell’anima’ (a Nápoles, porto da alma).
Como diz o próprio título, a obra presta homenagem à música napolitana e tem no piano André Mehmari com quem Mafalda se encontrou no palco uma única vez, no Teatro Bradesco de São Paulo. “Escolhemos a data de sexta-feira santa para respeitar o clima de morte que o Brasil está vivendo, mas também por esperar no futuro”, escreveu Bisconti. A capa do disco é criação do ilustrador italiano Marco Milanesi.
A cantora Mafalda Minnozzi interpreta músicas domo ‘Sto Core Mio’, ‘Reginella’, ‘Santa Lucia Luntana’, ‘Malafemmena’, ‘I’ Te Vurria Vasà’, ‘Era de Maggio’, ‘Cu’ mme’ e ‘Anema e Core’.
Segundo o material distribuído pela produção do álbum, “a história da cidade de Nápoles é fundada no seu precioso passado de influências culturais gregas, espanholas, francesas e dos países do norte da África — para citar apenas algumas dentre tantas. E é na tradição dessa pluralidade musical que acontece o encontro da cantora italiana Mafalda Minnozzi com o pianista brasileiro André Mehmari: com sensibilidade jazzística e abordagem moderna, os dois artistas releram oito belas melodias napolitanas, impulsionados pelo mesmo desejo de compartilhar e saborear as suas belezas em um cenário nada clássico ou convencional.”
“A dedicação de Mafalda ao estudo do canto e do dialeto napolitano — além da sua experiência nos clubes de jazz de Nova Iorque, dos concertos realizados na América do Sul e das turnês em teatros e festivais italianos de jazz — levaram a artista a uma atuação vocal única e profundamente sensível ao som do brilhante piano de André Mehmari.”
O ‘release’ informa ainda que “multi-instrumentista, compositor sinfônico e de trilhas sonoras, Mehmari é um pianista de renome mundial nos campos do jazz, da música brasileira e da música clássica, o que faz dele o parceiro perfeito para Mafalda neste álbum. Ao se desafiarem a abordar este repertório com um corajoso espírito de improvisação, Mafalda e Mehmari não só provocam a si mesmos, como também surpreendem seus ouvintes e, quem sabe, até mesmo os próprios autores das canções que interpretam.”
“Nesta viagem – prossegue o material difundido – , Mehmari — que além de um refinado interprete dos compositores clássicos, possui uma inigualável capacidade de improvisação jazzística — funde Nápoles com suas raízes culturais do samba, baião e afoxé, em perfeita sincronia com a voz profundamente criativa de Minnozzi, em uma genuína exaltação e invocação dos seus laços ancestrais com o melodrama italiano e o cabaré francês, revelados no extraordinário uso do canto como elemento do jazz instrumental.”
“Além de ser fruto de uma grande preparação musical, o álbum expressa – segundo explica a produção – o amor dos dois artistas por essas canções de elegância pura e simples. Por vezes lúdicas, por vezes solenes — mas sempre originais —, em A NAPOLI – porto dell’anima, o repertório napolitano compõem o cenário perfeito para a genialidade dos talentos de Mafalda e Mehmari”.
Cantar Nápoles significa revelar um mistério de tramas, de muitas vidas de heroínas e heróis que deixaram suas marcas ao longo dos séculos, movidos por uma verdadeira paixão. Cantar Nápoles significa entrar na história de pessoas e povos que percorreram suas vielas que chegam ao mar: é o anônimo Donizetti que pisca para Pulcinella, que dança com a bela Sofia, que homenageia a rainha Margherita. Cantar Nápoles significa celebrar o amor e se curvar à sua preciosa beleza; “Veja Nápoles e depois morra”, escreveu o poeta, sofrendo de melancolia ao deixá-la. Cantar Nápoles significa descobri-la no Príncipe de “A Livella” — nas harmonias de Pino, na voz de Massimo — e contá-la através dos milhares de personagens do seu eterno presépio vivo. É algo que deve ser feito com humild ade, consciência e liberdade. E Andrè Mehmari fez isso, disponibilizando sua imaginação e seu imenso talento à disposição destas melodias eternas ”. [Mafalda Minnozzi]
Alma e coração: voz e piano juntos em torno do mágico cancioneiro atemporal napolitano. Mafalda generosamente me convida a viajar com ela por este universo fascinante e eu respondo com o som e a aura de minha “cidade invisível” — como aquela inventada por Ítalo Calvino. Por essa cidade navegamos de olhos fechados e corações abertos… e nos
perdemos, nos deixamos levar por caminhos desconhecidos e cruzamentos improváveis. Um som se ouve ao longe: um assovio, um suspiro apaixonado ecoa na noite estrelada. A música — grande Mãe dos encontros — permite e convida a essa viagem no tempo e no espaço. Navegar é preciso! Grazie mille! [André Mehmari]