A exposição “Nonni di São Paulo”, que se encerra hoje, às 17 horas, no Museu da Imigração, irá em seguida para Ribeirão Preto, no interior paulista, segundo informa o jornalista  Oliviero Pluviano, idealizador do projeto “100 Nonni”. A mostra estava aberta desde o início de dezembro último, reunindo o perfil de meia centena de italianos e ítalo-brasileiros, seus feitos, sua gastronomia e sua música, selecionados pelo jornalista.

Além da mostra, o projeto envolve a edição de livros. O volume de São Paulo tem mais de 300 páginas contando “memórias e histórias vivas de imigrantes italianos”. No vídeo que acompanha esta matéria, as cenas foram captadas pelo próprio Pluviano, que delegou explicações ao frei dominicano Mariano Foralosso, originario de Mirano (Veneza).

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O projeto – iniciado em 2013 com uma coletânea de personalidades do Rio Grande do Sul – deve se desenvolver, dentro do mesmo perfil, em outras regiões do País de forte presença italiana. “Eu e meu amigo, jornalista e filmador Carlos Augusto Gomes começamos a vagar pelo país no Doblò pintado com as cores da bandeira italiana. Fomos à Serra Gaúcha do Rio Grande do Sul entrevistar avós da grande imigração vêneta em Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Montebello, Flores da Cunha, Farroupilha, Garibaldi…” conta ele em sua obra, que pode ser vista neste site.

Oliviero Pluviano, à direita, autor do projeto “100 Nonni”, com Petris Angeli, filho de Antoninho Angeli, craque da Fiorentina de Florença nos anos 60. Petris Mora em Ribeirão Preto-SP. (Foto Cedida)

Em em São Paulo, Pluviano traça o perfil de 50 nomes da comunidade ítalo-brasileira, “representativos dos dos milhares de imigrantes italianos que, fixados em São Paulo, capital e interior, ajudaram a transformar este território em ‘locomotiva do Brasil”.

No livro que é distribuído aos biografados pelo próprio Pluviano, pontificam nomes como Bauducco, Marolo, Biagi, Crespi, Giovannetti, Lunardelli, Dedini e Ometto, Rossi, Rubinato, e Zucchini e mais: Angeli, Ariboni, Aronne, Berto, Bezzi, Birolini, Bonomi, Bentani, Brentegani, Cacioppolini, Camali, Canavesio, Carsughi, Carta, Corradin, Coselli, Cosulich, D’Anna, De Marchis, Di Raimo, Ferranda, Giorgetti, Girardi, Leonetti, Luisi, Monassero, Maschietto, Montanaro, Palumbo, Papaiz, Percussi, Perrotta, Pollastri, Romanello, Santini, Tedeschi, Tembolato, Trucco, Tuccilli, Vicentini, e Zini.

O “100 Nonni” tem o apoio da Fiat e a exposição contou com o apoio do governo de São Paulo através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Consulado da Itália em SP e da empresa Bauducco. No encerramento da mostra, Peruviano havia idealizado um ato para o qual havia convidado muitos dos próprios biografados e durante o qual pretendia fazer a distribuição de livros. Voltou atrás, entretanto, devido a observações colhidas dentre os próprios convidados. “É melhor assim”, escreveu, “e talvez ano que vem o cônsul ou algum patrocinador torne possível a volta da mostra “Nonni di São Paulo” à capital paulista”.