CURITIBA – PR

PATROCINANDO SUA LEITURA

Giulio Maria
Terzi di Sant’Agata, o novo ministro das Relações Exteriores da Itália,
empossado com o governo de Mario Monti na tarde dessa quarta-feira (16.11.2011)
é um diplomata de carreira que cumpria a missão de Embaixador da Itália em
Washington, nos Estados Unidos. O sucessor de Franco Frattini tem 65 anos
(nasceu em 9 de junho de 1946), é de Bérgamo, formou-se em Jurisprudência em
Milão e é especialista em direito internacional. Em sua biografia conhecida não
há indicações de que tenha prestado serviços em algum país da América do
Sul.
Segundo as primeiras reações colhidas após sua
indicação, a escolha agradou a representantes da comunidade ítalo-brasileira
porque Sant’Agata, entre outros predicados, tem se demonstrado uma pessoa
sensível a questões como o ensino e difusão da língua italiana. “Ele fez uma
batalha duríssima a favor do ensino da língua italiana”, disse o conselheiro do
CGIE – Conselho Geral dos Italianos no Exterior, Walter Petruzziello. Os
conselheiros que o conhecem, acrescentou Petruzziello, ficaram contentes com sua
escolha e estão seguros que “está aberto um novo tempo em que a obra do CGIE e
dos Comites será reconhecida”.
“Pelas informações que tenho – disse ainda
Petruzziello – o novo ministro é pessoa que sempre manteve um diálogo aberto e
cheio de respeito com as representações eleitas e com as associações dos
italianos no exterior”.

Terzi, em foto recente, como embaixador nos Estados
Unidos

Para Petruzziello, a presidência do CGIE deverá em breve ter um
encontro com o novo ministro do governo Mario Monti para apresentar-lhe as
questões que interessam aos italianos no exterior. Dentre elas estão as eleições
dos Comites e do CGIE, cujos conselheiros estão com mandatos já por duas vezes
prorrogados. Mas “por enquanto não saberia dizer o que vai acontecer: se
acontecerem eleições antes do término da legislatura que é 2013, todos os
projetos de lei que tramitam no Parlamento italiano serão anulados e tudo terá
que começar novamente”, inclusive os projetos que pretendem reformular Comite e
CGIE. “Para nós – disse Petruzziello – seria melhor que o Parlamento votasse a
nova lei e que as eleições para o Comites e CGIE fossem convocadas para o ano
que vem”.

Um pequeno filme com pronunciamentos recentes do novo
ministro na condição de Embaixador em
Washington.

CURRICULO – Do
currículo do novo ministro consta que durante seus primeiros anos no MAE –
Ministero degli Affari Esteri
ele foi responsavel pelo Cerimonial da
República e para as visitas oficiais das delegações do Governo Italiano no
exterior. Em 1975 foi-lhe confiada a função de Primeiro Secretário para questões
políticas da Embaixada italiana em Paris. Em 1978 foi auxiliar do Secretário
Geral do Ministério, sendo em seguida Conselheiro Econômico e Comercial no
Canadá por quase cinco anos. Foi Cônsul Geral em Vancouver, onde promoveu muitos
eventos para o comércio e cultura italiana e em 1987 voltou para Roma para
ocupar-se de novas tecnologias no MAE e assumir a direção geral do Pessoal. Em
seguida foi para Bruxelas onde ocupou o cargo de conselheiro político da Itália
junto à Nato, período em que houve a reunificação das Alemanhas e a Guerra do
Golfo. De 1993 a 1998 foi para Nova Iorque, na Representação da Itália nas
Nações Unidas, primeiro como Conselheiro para assuntos políticos, depois como
ministro e vice-representante permanente.

Giulio Maria Terzi di Sant’Agata prestou serviços no MAE, em Roma,
como secretário geral, diretor geral para a Cooperação Política Multilareral e
Direitos Humanos e Diretor Político, com destaque para assuntos de segurança
internacional e questões políticas, principalmente voltadas para as áreas
geográficas dos Bálcãs ocidentais, Oriente Médio, Afganistão e África oriental,
além de temas como proliferação nuclear, terrosismo e direitos humanos. Foi
embaixador da Itália em Israel entre 2002 e 2004. De agosto de 2008 a 30
setembro de 2009, Terzi foi representante da Itália nas Nações Unidas, em Nova
Iorque.

Ele é Commendatore dell’Ordine al merito della Repubblica
Italiana
(2000), Grande Ufficiale dell’Ordine al merito della
Repubblica Italiana
(2007) e Cavaliere di Gran Croce dell’Ordine al
merito della Repubblica Italiana
(2010).