Noventa obras de Marino Marini, que constituem a maior mostra já realizada sobre o artista italiano nos últimos quarenta anos, estão em exposição nas dependências da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre – RS. Aberta dia 11 de abril, a mostra, com 38 esculturas e 52 quadros e desenhos provenientes principalmente de museus de Firenze e Pistoia, vai até o dia 21 de junho próximo.

A exposição, segundo explica o cônsul geral da Itália em Porto Alegre, Nicola Occhipinti, que apoia a iniciativa, é a primeira sobre obras de Marini no Brasil. Apresenta a obra do artista, notabilizada, entre outros, pelos famosos cavaleiros que representam a dialética entre o homem e a natureza, por meio de uma seleção de esculturas e obras sobre papel produzidas entre as décadas de 1920 e 1970. Marini nasceu em Pistoia, em 27 de Fevereiro de 1901 e faleceu em Milão, dia 6 de Agosto de 1980. De julho a setembro a mostra será realizada na Pinacoteca de São Paulo.

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A mostra “Marino Marini – do arcaísmo ao fim da forma”, que tem como curador Alberto Salvadori, diretor do Museu Marino Marini de Florença, traz o selo da República Italiana mas é inteiramente financiada através de projeto que aproveita os benefícios da Lei de Incentivo à Cultura, com renúncia fiscal do governo brasileiro. Entre as empresas apoiadoras estão a Gerdau, os Bancos Itaú e Votorantim, Vonpar, IBM e InterCement. A Fundação Iberê Camargo conquistou, em 2002, o Leão de Ouro da Bienal de Veneza na categoria do melhor projeto arquitetônico do mundo. Segundo explicam os promotores, nos anos 1950, Marini se envolveu com Pietro Maria Bardi em uma exposição no Masp (Bardi dirigiu o Museu de Arte de São Paulo de 1947 a 1996). Desde então, não havia sido realizado nenhum projeto dedicado a sua obra. Esta exposição é a maior de Marino Marini fora da Itália.