Para quem descende de trentinos, encontrar documentos agora é fácil. Não precisa sequer sair de casa

Basta realizar um cadastro na Internet e
seguir o roteiro do site. Poucos nomes ficaram de fora e a pesquisa serve
exatamente para quem quer obter o reconhecimento da cidadania por direito de
sangue.

CURITIBA – PR – Para quem descende
de imigrantes trentinos, agora está mais fácil encontrar o documento dos
ascendentes. Um projeto sem precedentes na Itália colocou em rede mais de um
milhão e 280 mil fichas de nomes de trentinos nascidos entre 1815 e 1923 –
exatamente o período que interessa aos descendentes de imigrantes nascidos no
território que pertencia ao antigo império Austro-Húngaro para fins de
reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue. O novo serviço está
no endereço http://www.natitrentino.mondotrentino.net/
e basta abrir um cadastro para ter acesso à valiosa informação, que levou anos
para ser organizada na Internet. Realizado o cadastro, o interessado recebe por
e-mail um nome de usuário e uma senha – a chave para entrar na biblioteca de
nomes.

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O projeto foi conduzido em parceria entre a Província
Autônoma do Trento e o Arquivo Diocesano Tridentino, que pertence à arquidiocese
de Trento. Isso porque a maioria dos registros estavam nas paróquias.
Segundo
os organizadores do projeto informam, no ano de 1815, após o Tratado de Viena, o
Trentino foi anexado ao condado do Tirol. Daquele ano e até depois da Grande
Guerra (31 de dezembro de 1923), os registros de nascimento foram conservados
junto às Paróquias que também funcionavam como cartório. Muitos livros
perderam-se, mas os que restaram foram microfilmados na metade dos anos oitenta,
para facilitar a consulta.  Tais dados, agora, foram compilados e colocados
à disposição dos estudiosos e daqueles que queiram reconstruir a história da
própria família.
O projeto traz o nome de “Índice dos Nascidos no Trentino”
e é extremamente útil aos que, com base no que dispõe a lei número 3, de 2000,
pretendem obter a cidadania italiana por direito de sangue. Aliás, foi em função
da demanda de informações com aquela finalidade que nasceu a ideia de formar o
banco de dados, ora disponibilizado na Internet. Infelizmente – advertem os
organizadores do serviço – existem alguns “buracos”. Cerca de 300 livros de
registros, dos quais cerca de 100 de nascimentos, foram perdidos na sequência
dos episódios da Grande Guerra, relativos principalmente às localidades de
Condino, Vallarsa e Baixa Valsugana. Os organizadores prevêem que, no futuro,
pelo menos parte daqueles dados possam vir a ser reconstruídos graças ao
cruzamento de informações já disponíveis. Por isso, o serviço não foi, ainda,
considerado concluído. Também o site está ainda em construção e o conteúdo está
sendo traduzido para cinco línguas: além do italiano, inglês, português,
espanhol, francês e alemão.