Multicolorido: quase cem logomarcas concorrem nas próximas eleições italianas para a renovação do Parlamento. (Arte / Insieme)

Doze são os nomes que concorrem às eleições para o Parlamento Italiano na divisão da América do Sul pelo Partido Democrático. Os nomes foram revelados neste domingo em conferência de imprensa realizada na sede nacional do Partido, na Itália, pelo secretário geral da agremiação política que sustenta o atual governo italiano e ex-presidente do Conselho de Ministros, Matteo Renzi, ao anunciar o nome de todos os candidatos peninsulares e da Circunscrição Eleitoral do Exterior.

O prazo final para a apresentação das candidaturas termina nesta segunda-feira quando deverão ser conhecidas as listas completas dos demais partidos. As eleições italianas serão realizadas no próximo dia 4 de março, mas no exterior, onde o processo ocorre por correspondência, elas começam ainda na primeira quinzena de fevereiro. Na América do Sul serão eleitos quatro deputados e dois senadores.

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Nos últimos dias, partidos e candidatos estiveram envolvidos na difícil tarefa de conseguir as subscrições necessárias de eleitores regulares perante a legislação eleitoral italiana para a validação das candidaturas. O processo, para alguns, ocasionou até desistências, como a que anunciou, por exemplo, a ex-deputada Renata Bueno.

Conforme Insieme já havia noticiado, para o Senado da República concorrem Porta Fabio, Minnicino Veronica Mariel Celina, D’Ambrosio Alfredo Antonio Maria e Minetto José Francisco. Porta, até a semana passada, fazia campanha para a Câmara e agora encabeça a corrida para o Senado, enquanto o ex-senador Fausto Guilherme Longo, que igualmente fazia campanha para o Senado, agora concorre para a Câmara, ao lado de mais sete candidatos: Palermo Renato, Becchi Alberto Emilio, Matina Francesco Alessio, Pinto Antonella Irene, De Benedictis Piero detto Piero, Matafora Pasquale e Vicenzi Fabio. Na ordem estabelecida pelo partido, Longo aparece em quinto.

Mesmo sem todos os candidatos ainda definidos, a campanha eleitoral já corre solta na Itália e no mundo inteiro. Segundo o ex-presidente do Comites do Recife, Salvador Scalia,  nós “estamos na estação das promessas que não serão cumpridas. Um deputado só não faz verão”, ensina ele baseado no velho dito popular sobre as andorinhas.

Segundo o conhecido crítico ítalo-brasileiro que desistiu das funções de representação dos ítalo-brasileiros desiludido citando Dante Alighieri (“Lasciate ogni speranza voi ch’entrate”) “a falta de funcionários nos Consulados para atender adequadamente a sempre crescente demanda por serviços consulares, a fila de regularização da Cidadania Italiana para os descendentes que têm de esperar mais de 20 anos pela Cidadania, ensino e divulgação da Língua Italiana ineficiente e insuficiente, comunicação e informação escassa, falta de uma política voltada para os descendentes que não falam Italiano, eis alguns dos problemas sempre debatidos, relatados e nunca solucionados. Isso significa que possuir um aprimorado sistema de representação não basta. É necessário que a Comunidade, de forma organizada e racional, demonstre de forma visível seu descontentamento”.