Partido Democrático italiano realiza primárias no Brasil neste sábado. (Reprodução)

Com urnas dispostas em 10 cidades brasileiras e um indisfarçável clima de “guerra de fogos amigos”, o PD – Partido Democratico italiano realiza neste sábado suas primárias para a escolha do novo secretário geral da agremiação política em sucessão à liderança do ex-primeiro ministro italiano Matteo Renzi. É o mesmo ritual que acontece em todo o mundo, precedendo as eleições que ocorrerão na Itália no próximo dia 3 de março.

Podem votar todos os cidadãos italianos inscritos no Aire – cadastro geral do italianos no exterior, mas não é necessário que o eleitor seja filiado ao partido. O horário em que as urnas ficarão abertas é variável: das 9h30min às 13h30min em Belo Horizonte-MG, das 10 às 13hs no Rio de Janeiro-RJ, das 8 às 14hs em Brasília-DF, das 9 às 15hs em São Caetano-SP, das 11 às 17hs em São Paulo-SP, das 14 às 20hs em Itajaí-SC, das 9 às 15hs em Campinas-SP, das 10 às 16hs em Porto Alegre-RS e das 8 às 14hs em Vitória-ES. Não há votação eletrônica.

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Três são os candidatos em disputa: o atual secretario Maurizio Martina, considerado a extensão da liderança de Renzi; Nicola Zingaretti, anti renziano; e Roberto Giachetti, uma terceira via sem o compromisso dos dois primeiros. O debate de fundo gira em torno de um projeto que dê novos horizontes ao partido de centro-esquerda, que os eleitores rejeitaram com vigor nas últimas duas manifestações eleitorais da Itália: a proposta de reforma constitucional, e as últimas eleições políticas.

No Brasil, as correntes se dividem principalmente entre os adeptos de Maurizio Martina, que tem o apoio de lideranças como as do ex-deputado Fabio Porta, e os adeptos do romano Nicola Zingaretti, apoiado, entre outros, pelo secretário do Círculo PD de Brasília, Pascoale Matafora, que também foi candidato a deputado nas últimas eleições do Parlamento Italiano.

Os adeptos de Nicola Zigaretti, entretanto, segundo apurou Insieme, temem os estragos  que possa causar à sua candidatura o apoio manifesto pelas redes sociais (vide imagem ao lado) pelo deputado ítalo-brasileiro Fausto Longo que, além do episódio da “dupla candidatura” ironizada durante as últimas eleições brasileiras, sequer pertence aos quadros do PD (ele é do PSI – Partido Socialista Italiano), embora tenha sido eleito para a Câmara na vaga de Fabio Porta numa vaga cedida exatamente pelo partido que agora escolhe uma nova direção.