Pedindo desculpas pelas falhas nos serviços consulares em nome do governo italiano, o embaixador da Itália no Brasil, Francesco Azzarello disse, durante entrevista exclusiva à revista Insieme, que a solução para os problemas que enfrentamos (filas da cidadania e passaporte) depende unicamente do Parlamento italiano. “Os consulados estão fazendo o que podem”, disse o diplomata que acaba de ser promovido em sua carreira, passando de Ministro Plenipotenciário a Embaixador, isto é, ao topo da carreira diplomática italiana.

Até o final do ano Francesco Azzarello estará terminando seu período no Brasil e vai se aposentar. “Ja sinto saudades do Brasil”, disse ele, admitindo que gostaria de aqui continuar residindo, mas que não poderá fazê-lo em decorrência de compromissos familiares.

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Durante quase quarenta minutos o diplomata respondeu, em vídeo entrevista, perguntas que lhe foram apresentadas previamente e que envolveram também questões sobre a difusão da língua italiana no Brasil, suas viagens pelo país, sobre questões comerciais e relações bilaterais envolvendo governos de tendência ideológica diversa. No Brasil – disse o diplomata – existe um grande amor pela Itália, tanto que – segundo ele – o programa “Turismo delle Radici” sequer faz sentido.

Na entrevista, Azzarello abordou também a questão da compra, pelo Brasil, de armamento militar da Itália, que chegou a ser questionada na justiça brasileira. Não quis, entretanto, emitir sua opinião sobre as questões que envolvem o anúncio da “moeda única” no âmbito do Mercosul, e a sobrevivência do ambicionado acordo União Europeia-Mercosul, negociado durante vinte longos anos. “Não vou dizer aquilo que penso, se não creio que seria convocado a Roma antes do tempo”, acrescentou o diplomata.

Matéria e vídeo vinculados à edição 283 (março) da Revista INSIEME, com o texto integral da entrevista. Na playlist pode-se ver a entrevista em capítulos.