Imagem, sem autoria, que ilustra a convocação de protesto diante do Consulado Geral da Itália em Curitiba no FB.

 

Menos de 48 horas antes do evento marcado, apenas 24 pessoas tinham confirmado participação no ato de protesto diante do Consulado Geral da Itália em Curitiba. O ato, convocado através do Facebook para o dia 23, mas sem horário, fala numa “manifestação em protesto a má vontade do consulado italiano para realizar agendamento de legalização de documentos”. Porém. Até as 22 horas desta segunda-feira, 22 eram os convidados, um assinalava que “talvez” compareça, enquanto dentre os que asseguram estar presentes encontram-se nomes de outros Estados, inclusive de áreas distantes como o Nordeste.

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A autoria do chamamento reporta a um Lincon Falcão, que estaria residindo em Queensland, no Texas, e que estaria trabalhando numa empresa chamada Trucker. Sua página no FB mistura mensagens em português e em inglês.

A chamada legalização de documentos é um ato importante em todo o processo de reconhecimento da cidadania italiana por direito de sangue, a quem têm direito todo descendente de imigrante italiano. Ultimamente, esses pedidos de legalização aumentaram muito em número, devido ao cada vez maior volume de interessados que, frustrados pelas filas existentes diante dos consulados italianos que operam no Brasil, procuram ir pessoalmente à Itália para, lá na Bota, dar andamento ao processo.

A  chamadas “filas da cidadania” constituem, há muito, o principal problema enfrentado pela comunidade ítalo-brasileira. Em passado recente e com verba orçamentária aprovada pelo Parlamento italiano, uma “task-force” (mutirão) foi constituída para solucionar o problema, mas por diversos motivos, no Brasil não funcionou. Apesar do esforço dos consulados, a redução de pessoal depois do início da alegada crise italiana, acentuou ainda mais o tempo de demora para o processamento dos pedidos. A espera média supera, segundo as últimas informações disponíveis, a casa dos 10 anos.