u SÃO PAULO – SP – Em 1519, no reinado de D. Manuel, a cartografia portuguesa mencionava pela primeira vez a “Terra Brasilis” e nesta quinta-feira, 21/7, a Randon, conglomerado de empresas voltadas ao setor de transporte e logística, lança no mercado o “Modelo Brasilis” um graneleiro de carga seca com os painéis laterais ecológicos. O “Ecoplate” é formado por uma placa de madeira reflorestada, revestida na face interna por uma placa de PVC, resistente à umidade e ao ataque de agentes químicos e à ignição e que oferece maior versatilidade. De baixo custo de manutenção, não apresenta riscos de manuseio e as placas poderão ser usadas futuramente em outras aplicações. Na face externa, as chapas de aço galvanizada são unidas por um adesivo de alta performance, isento de solventes tóxicos; o que se resume em 3 pontos, como expôs Rogério Valiatti do marketing da linha graneleira:
1) maior leveza, resistência mecânica e à abrasão, maior vida útil.
2) Pintura Eletrofloret que proporciona durabilidade.
3) Melhor vedação no transporte da área agrícola à área portuária, maior carga, custo menor.
O lançamento oficial do bitrem, testado durante um ano na malha rodoviária do país de 1.744.433 km., com apenas 160.000 km. de estradas pavimentadas, visou especialmente a economia no transporte rodoviário de grãos cujas perdas atualmente estão por volta de 10%. Em Caxias do Sul, 200 dos principais clientes, das 60 casas da Rede de Distribuidores Randon, poderão constatar a confiabilidade do novo modelo que estará exposto simultaneamente para a visitação de 7000 clientes.
A Randon investiu 2 milhões de dólares neste projeto dos quais 80% foram aplicados no desenvolvimento das placas Ecoplate, a relação de durabilidade é de 3,5 vezes superior, ou seja, a vida útil de dois anos passou a sete anos. O preço do Brasilis é da ordem de 100.000 reais. Atualmente a Randon tem uma participação neste segmento de 40% com uma previsão de alcançar em um ano os 44%, – como afirma do diretor comercial – Rogério Ragazzon.
Este modelo foi projetado e construído exclusivamente para o Brasil – afirma o diretor executivo Norberto José Fabris – já que as várias legislações dos países do Mercosul tem outras especificações para a construção de modelos similares.
A produção especial de lançamento do Brasil é de 500 conjuntos de trem/mês totalizando 1000 equipamentos.. A empresa empregava em 1990, na fabricação de um graneleiro, 250 horas contra as atuais 90. A empresa tem atualmente uma capacidade de 80 produtos/dia. “Acreditamos que 2005 apresentará um crescimento em relação ao ano anterior, tanto no mercado interno como nas exportações, estamos preparando uma fabrica com capacidade de 100 produtos/dia até o final do ano” – ressalta Fabris.
No Brasil atualmente o transporte é composto em 62% rodoviário e 22% ferroviário, os dois sistemas se complementam e a Randon participa também na fabricação de vagões ferroviários.
A linha de produção da Randon inclui equipamentos para carrocerias, reboques, semi-reboques, graneleiros, tanques, carga-seca, frigorificos, furgões, siders e silos estacionários, além de autopeças, veículos especiais, sistemas automotivos e serviços, tem mais de 200 mil produtos em operação e exporta para 50 países.
No exercício de 2004, a empresa obteve uma receita liquida consolidada de 694,2 milhões de reais, com um crescimento de 33% em relação a 2003.
O grupo integrado pela Randon Veículos, Randon Consórcios, Master, Fras-le, Suspensys e Jost, teve uma receita bruta em 2004 de R$ 2,36 bilhões e uma receita liquida de R$ 1,64 bilhão com um lucro líquido de 124,87 milhões, as exportações somaram 118,54 U$D milhões.

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O novo graneleiro da Randon (Foto Divulgação)