Documento solicitando a contratação de pelo menos mais oito tradutores juramentados de língua italiana em Santa Catarina acaba de ser protocolado na Junta Comercial do Estado pelo conselheiro da Câmara Ítalo Brasileira de Comércio e Indústria, Diego Mezzogiorno.
“A ideia é facilitar as coisas para os cidadãos ítalo catarinenses, hoje dependentes de apenas três profissionais habilitados residentes no Estado”, disse o conselheiro, ao observar que Santa Catarina comporta um número maior de tradutores, principalmente as cidades do interior, onde eles não existem, pois estão concentrados todos na capital, Florianópolis.
Mezzogiorno compara: no Rio Grande do Sul atuam 33 tradutores juramentados para a língua italiana e, no Paraná, 13, aos quais serão acrescidos mais dez. Com os novos oito reivindicados, Santa Catarina somaria 12. O pedido, entretanto, é para que as contratações ocorram também em cidades do interior.
Segundo Mezzogiorno, a carência de profissionais na área, além de atrair o trabalho de tradutores de outros Estados (com o advento do “apostilamento” os cartórios podem dispor de serviços de tradução elaborados em qualquer território, basta que os tradutores residentes fora de SC tenham se credenciado com a firma reconhecida), eleva os custos por falta de concorrência e torna o serviço lento, a ponto de hoje se verificar uma média de espera em torno de quatro meses para qualquer tradução sem emergência.
A realização de concurso para a admissão dos novos profissionais tem a aprovação da Junta Comercial de Santa Catarina, mas depende agora de autorização por parte do Governador do Estado. Contratação de novos tradutores juramentados seria já – segundo Mezzogiorno – um “ato preparatório” à nova fase com a instalação do pretendido Consulado Italiano em Florianópolis – o primeiro consulado de carreira no Estado,